SEMANA HALLOWEEN 2014 - HAPPY HALLOWEEN

Day 2,537, 15:16 Published in Brazil Brazil by DARTH CLAUDIO












Hoje, nessa noite sagrada, publico meu último artigo da Semana Halloween, com a publicação da última história de mistério dessa edição e com a republicação dos contos anteriores.






Em uma noite com uma chuva fina e persistente e friorenta do esquálido inverno do Rio de Janeiro, Ricardo, aguardava pacientemente em seu escritório o engarrafamento tradicional das sextas feiras melhorar para poder sair de seu escritório no centro da cidade para voltar pra sua casa.

Ricardo, havia dormido mal, com sonhos estranhos, e olhava pela janela de seu escritório já sonolento, as luzes dos carros nas pistas cheias do aterro do flamengo e as janelas de outros escritórios.

Dentre tantos prédios, um lhe chamou a atenção, era de um prédio que naquele horário sempre tinha as luzes apagadas, e que nunca havia despertado seu interesse.




Mas naquela noite fria, um andar inteiro, tinha uma luz tremula, e através da janela, se viam pessoas se movendo, como que dançando. Imediatamente pensou Ricardo, ""trata-se de uma aula de dança de salão que abriram naquele andar.""

Pela distancia, mal se podia distinguir os vultos, se eram homens, mulheres, jovens, pessoas maduras, eram apenas vultos.

Já eram 20:00Hs, e Ricardo já se mostrava impaciente com aquele engarrafamento que não cedia, quando de repente, ele vê primeiro a iluminação púbica apagar e em seguida as luzes de sua sala comercial.

"Maldição", pensou ele, agora vou ter que descer 15 andares de escada se a porcaria da luz não voltar.

Estranhamente na escuridão que Ricardo vislumbrava de sua janela, aquele prédio, onde os vultos dançavam permanecia com a mesma luz fraca e tremula. Logo pensou ele ""kct, eles estão fazendo aula de dança de salão com velas?""

Ricardo, abre sua janela, mesmo com a garoa fina para ver melhor, mas isso pouco lhe ajuda, além de molhar sua mesa de trabalho, bem como ouvir o som do vento adentrar a sala como que num lamento agudo.

"Assustador" pensa, Ricardo, "sem luz, com o vento fazendo barulho, e com uma chuva fina, e ainda olhando aqueles vultos que parecem dançar."




Mal havia terminado de pensar, Ricardo, quase morre de susto, "TOC TOC TOC", alguém bate a porta de seu escritório. "Quem poderia ser, aquela hora".

Ricardo, se aproxima da porta, olha pelo olho magico, mais não vê ninguém. E como as batidas haviam cessado, ele retornou a sua cadeira.

Mal sentou, novamente escuta batidas a porta, mas dessa vez ele pergunta, "quem esta ai?" Uma voz rouca e cansada responde, "é o Eduardo, da portaria".

Ricardo, entreabre a porta, e pergunta o que este Eduardo queria, quando um senhor segurando uma lanterna lhe informa "estou apenas fazendo uma ronda nos andares para avisar que estamos sem elevador e que a bateria esta com problemas, logo, não use o elevador"

Ricardo agradece e o Sr. Eduardo some da escuridão do andar. E percebe que não havia visto a face do senhor.



Após mais meia hora esperando Ricardo, resolve ir embora, mas escuta sons no elevador, e pensa, "Ué, o cara disse que não estava funcionando, mas esta pelo visto".

Após apertar o botão de chamada por diversas vezes, Ricardo pragueja e resolve descer de escada. Chegando na portaria, encontra o conhecido senhor Timóteo, zelador do prédio, junto de outras pessoas, e lhe pergunta, onde esta o tal Sr. Eduardo que disse que os elevadores não iriam voltar, mas que pelo visto estavam funcionando.

Quando o Sr. Timóteo, lhe responde que o senhor Eduardo havia caído no fosso do elevador e provocado um curto circuito que provocará a falta de luz no bairro todo e cercanias.



Assustado, Ricardo, pergunta a quanto tempo havia ocorrido o fato, quando Timóteo lhe responde que faziam quase 1 hora.

Ricardo, sem entender nada, e bem assustado, começa a andar pelas ruas escuras do centro do Rio de Janeiro, e passa curiosamente em frente ao prédio onde ele vira as pessoas dançando silenciosamente, quando para sua surpresa, vê uma faixa indicando que aquele prédio estava interditado.

Ricardo, pára e assustado se pergunta, "o que esta acontecendo", andando rápido pelas ruas, ele chega a um ponto de ônibus e pega o primeiro coletivo em direção a seu bairro.

Ricardo, nunca perguntou o que e como aqueles fatos ocorreram. Nunca mais ele viu as pessoas dançando na escuridão daquele prédio próximo, e nunca teve certeza se era o mesmo prédio, e da mesma forma jamais voltou a ficar até tarde em seu prédio, temendo que novamente alguém batesse a sua porta, com más notícias. E ele jamais entendeu ou procurou pensar em como Eduardo teria batido a sua porta se havia falecido um hora antes?









Claudio chegara a seu escritório cedo e havia um recado em sua secretaria eletrônica, Claudio escuta o recado, que estava endereçado a seu sócio Sady.

No recado, um senhor que se dizia se chamar Henry, pede que ele (Sady) lhe de retorno, pois precisa contratar um advogado para cuidar de um inventário referente ao bens de um falecido recente.

Umas 2 horas depois, Sady, diz pelo celular que esta atrasado no fórum por conta de uma audiência que estava demorando a começar. Claudio então lhe conta sobre o recado, e Sady lhe pede para ligar em seu lugar e se apresentar como seu sócio.

Ao encerrar a ligação pelo celular, Claudio, liga para o número que estava na secretária eletrônica, e um senhor atende do outro lado, tendo se seguido o seguinte diálogo.

Claudio - Alô, boa tarde
Senhor - Sim, queria falar com quem?
Claudio - Quero falar com o senhor Henry
Senhor - Que palhaçada é essa?
Claudio - Desculpe senhor, mas não há palhaçada alguma, recebi um recado para o Dr. Sady, e falo em nome dele, e procuro o senhor Henry.
Senhor - Olha só, ohh você ai, é bom parar com essa brincadeira sem graça (falando de forma muito exaltada)
Claudio - Senhor, me chame o senhor Henry, que ele pode falar porque deixou o recado.
Senhor - Veja só. o Henry, morreu a mais de 5 anos, ninguém pode ter ligado se dizendo ele. Agora quero saber quem esta falando?


Após, mais alguma troca de frases, Claudio e o senhor que não dissera seu nome, desligaram o telefone, sem entender o que ocorrera.

Ao chegar Sady, informado do que ocorrera ligou para o mesmo número e teve a mesma conversa com o tal senhor.

Jamais se soube o que realmente ocorrera, e Sady, nunca identificou o responsável por uma suposta brincadeira de mal gosto. Da mesma forma, ele nunca soube se Henry tentara fazer contato com ele e o porque desse contato.







Ricardo, estava saindo com Juliana, uma bela mulher, empresaria sócia de uma transportadora. e ele estava com ela em um motel do Rio de Janeiro.

Ainda acordados por volta das 05:00Hs, Ricardo se lembra que tinha uma prova de um concurso público, marcada para o dia seguinte, uma manhã de domingo.

Ricardo, pensa, "se dormir agora, vou faltar a prova".

Então Ricardo, deixa Juliana em casa, e diz que vai direto para aprova, "virado" mesmo.

Chegando lá, por volta 06:00Hs (a prova estava marcada para as 08:00Hs, Ricardo se aproxima de uma abulante, dessas que sempre ficam em frente a locais de prova, e pede um refrigerante. Para dar uma ""ligada"".

Onde começa uma conversa agradável com a senhora, na conversa Ricardo lhe conta que não se preparou para a prova, que não estudou e que nem sabia porque estava ali. E que até pensava em ir pra casa dormir

Quando a senhora disse, ""meu rapaz, o nome diz tudo, PROVA, é você quem esta se testando, se provando e não eles, é você que deve mostrar o quanto você quer, e qual o tamanho da sua força de vontade. Faça essa prova e faça seu melhor""

Ricardo então surpreso, com as palavras sábias ditas por uma senhora visivelmente humilde, fala mais poucas coisas e entra para se testar, para se provar.

Ao final, Ricardo confiante por sentir que fez uma boa prova, mesmo achando que não teria chance de ser aprovado, mas satisfeito pelo seu desempenho, vai agradecer aquela senhora.

Logo constata que ela não estava ali, e pergunta aos ambulantes vizinhos, onde estava aquela senhora que ocupava aquele espaço que estava vazio agora.

Quando um lhe disse que não havia senhora alguma ali, que ele havia chegado pouco depois das 06:00Hs, e que ninguém com aquelas características havia estado ali.

Confuso, Ricardo faz a mesma pergunta por todos que ali estavam, inclusive para um que já estava também no horário que ele chegara.

Todos não só diziam que aquela pessoa não havia estado ali, como aquele espaço estava vazio desde cedo, para a circulação dos candidatos.

Ricardo, não foi aprovado naquele concurso, mas, mais que isso, Ricardo nunca conseguiu uma prova de que realmente aquela senhora havia estado ali, mas ele jamais esqueceu as palavras que ela lhe disse.





DARTH CLAUDIO
Homem do Povo