Homens, Espadas e Tomates

Day 2,477, 14:15 Published in Portugal Portugal by Mileweb

Foi colocado à momentos um artigo que fala sobre a terrível e desumana batalha de La Lys, na Grande Guerra, onde milhares de Portugueses foram brutalmente mortos e feridos, por lutarem com paus ( espingardas, mas só foram distribuídas entre 3 e 6 munições, maior parte nem baioneta tinha) e pedras contra o poderio Alemão.
Mas como a nossa Historia não foi feita de derrotas, mas sim de grandes vitórias, vitórias essas, conhecidas e admiradas por muitos estrangeiros, mas que muitos de nós, por desconhecimento, nem sabemos que elas existiram.
Foi preciso um historiador Alemão, através de documentos históricos, compilar algumas peripécias num livro com o titulo Homens, Espadas e Tomates
Acho que todos nos deveríamos de ler esse livro, para enquanto nos rimos com o atrevimento de algum dos nossos bravos, encher mo nos de orgulho em sermos Portugueses.
Vou colocar um exemplo do que podemos encontrar no livro

Uma escola de esgrima à portuguesa.
Um moço-fidalgo, nascido em Viana do Castelo, conhecido pelo nome de Pêro Galego, distinguiu-se pela sua valentia e coragem em combates contra os mouros que investiam contra praças portuguesas no norte de África. Voltando a Viana do Castelo, abriu uma escola de esgrima para transmitir os seus conhecimentos a rapazes da região. Estes, não se cansavam de o ouvir contar as suas aventuras e fartaram-se das estocadas de ensino em bonecos de palha, crescendo em todos eles a vontade de se fazerem ao mar e assim entrarem na peleja geral entre cristãos e muçulmanos.Sem pedir a necessária licença régia, fretaram uma velha caravela. O mestre de esgrima e trinta dos seus alunos fizeram-se ao mar. Corria o ano de 1547 e muitas eram as galés argelinas que se faziam à costa portuguesa.
para atacar povoados isolados, matando, saqueando e levando homens, mulheres e crianças para os vender como escravos.Quis o destino que os moços de Viana descobrissem uma dessas galés argelinas em frente à costa portuguesa. O ânimo da sua juventude, combinado com os conhecimentos práticos do seu mestre, fizeram com que conseguissem capturar a galé, levando-a a um porto algarvio onde a venderam por bom preço, mais os mouros capturados e tudo o que estava a bordo.Conseguiram com isso, não só pagar a velha caravela fretada, como adquirir outra melhor. Souberam, porém, que a sua saída não autorizada os tinha colocado na lista dos fugitivos à lei, tendo então optado por se dedicarem mais a fundo à vida do corsário.Fizeram-se à costa africana, onde as sucessivas vitórias os tornaram no terror da costa barbaresca; as notícias das façanhas destes moços chegaram ao seu porto natal, onde as autoridades já começavam a ver a questão da sua saída de forma mais complacente.Enriquecidos com as tomadas de embarcações muçulmanas, resolveram regressar a casa. Calhou, no entanto, encontrarem-se perto do porto de Cádis, no sul de Espanha. Querendo aí aportar por questões de reabastecimento, entraram na baía com a bandeira portuguesa bem no topo. Deu-se o caso de uma grande parte da armada espanhola se ter reunido neste porto, para preparar uma expedição contra os piratas do norte de África. O almirante espanhol, D. Pedro Navarro, avisado de que a pequena caravela portuguesa não tinha arreado a bandeira, o que constituía uma grave ofensa, ordenou-lhes que imediatamente o fizessem. Não sabemos se foi por falta de conhecimento, excesso de entusiasmo juvenil ou deliberada má vontade. Facto é que não arrearam a bandeira, acabando por ser atacados por uma galé de Espanha. Então, o panorama mudou por completo: sentindo-se atacados, resolveram responder, abrindo fogo com tudo o que tinham, contra toda a armada espanhola ancorada em fila. Tendo "saudado"com tiros de berço e canhão cada uma das naus e galés ancoradas, resolveram passar a fila de novo, conseguindo sair do porto sem prejuízo de maior da sua parte. O almirante espanhol estava furioso, não só pelos graves prejuízos causados à sua gente e armada (houve muitos mortos e feridos, entre os quais o próprio almirante), mas também porque se sentia ferido no seu orgulho pessoal. O Imperador e Rei, Carlos V, pediu satisfações a D. João III de Portugal. Sabemos que Pêro Galego e os seus alunos voltaram sãos e salvos a Viana do Castelo e que a sua peripécia de Cádis foi motivo de risada geral na Europa. Não consta que tenham sofrido qualquer dissabor por parte do Governo Português e mesmo Carlos V deve ter resolvido passar por cima da questão, necessitado como estava da ajuda portuguesa para manter Tunis nas suas mãos.

Meia dúzia de artistas, quase que afundaram por completo a Armada Espanhola no seu território.

Alguns dos feitos históricos surpreendentes relatados neste livro:

• 600 portugueses defenderam a fortaleza de Diu num cerco de vários meses contra 70 galés turcas e um exército de terra de 23.000 homens. Após a perda de milhares de homens os turcos desistiram, considerando os portugueses invencíveis. No final do confronto restavam apenas 40 guerreiros portugueses capazes de lutar.
• Um piloto português veio da Índia para Portugal num pequeno barco a remos com uma só vela, tendo o Rei D. João III mandado queimar a minúscula embarcação para não constar que uma viagem destas fosse possível.
• Um português desafiou sozinho um exército turco de milhares de guerreiros para recuperar um capacete perdido que lhe tinha
sido emprestado.
• Cinco portugueses tomaram uma galé turca de 150 guerreiros.
• Dois portugueses defenderam um baluarte em ruínas contra 700 turcos, impedindo a sua tomada.
• 120 portugueses conquistaram uma fortaleza defendida por um exército de 50.000 guerreiros.


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