Conflito de Visões - A Desunião da União

Day 1,994, 08:15 Published in Portugal Portugal by Citizen 99

Já se perguntaram porque é que apesar de todos os esforços de inúmeros indivíduos e sucessivos governos de criar união no país esta ainda não foi obtida? Estes afirmam que apenas poderemos progredir através da união e deixando os interesses pessoais para trás dando prioridade aos interesses da nação.

A razão de a união ainda não ter sido alcançada, dirão os defensores desta, que é devido a indivíduos que criam conflitos motivados apenas por interesses pessoais ou influenciados pelo dinheiro são moralmente inferiores e corruptos. Pois através das suas acções têm impedido o progresso do país e são os responsáveis por todos os problemas que afectam o país.

Estes com a visão da união acreditam que existe uma solução ideal para todos os problemas, e que compromissos nunca são aceitáveis. Estes acreditam que o homem pode ser moralmente aperfeiçoado. Por isto, existe quem esteja moralmente mais desenvolvido, e que seja imune a interesses e à influência corruptível do poder sendo apenas motivado pelo bem comum e justiça social.

Esta visão da natureza humana não impõe constrangimentos ao individuo, sendo este capaz de acumular vastas quantidades de conhecimento, ser moralmente superior e guiado pela razão chegar à solução ideal para os problemas da sociedade.

Os defensores desta visão, os Ungidos, são quem deverá então estar encarregue de purificar a sociedade e devem ser lhes entregue poder de decisão sobre os assuntos da sociedade, pois estes têm em si acumulados conhecimentos, não estão constrangidos por interesses pessoais e são moralmente superiores.

Aqueles com a visão da união têm descrença por processos descentralizados como o mercado livre favorecendo a centralização e concentração de poder. E são impacientes com processos sistemáticos como referendos e fiscalização de contas que constrangem a acção humana. Danos colaterais das medidas impostas ou atitudes perante os cidadãos são apenas um pequeno preço a pagar pelo progresso até à perfeição e união. A iniciação de violência ou agressão, como é exemplo os takeovers a partidos são deste modo justificáveis para atingir os seus fins.

Por norma, estes colocam-se no lado dos anjos na defesa das suas medidas e atitudes contra as forças do mal, e por isso qualquer tentativa de discurso ou de encontrar compromissos é quase impossível.

Em concreto, estes tendem a propor aumentos de impostos, união de cidadãos num partido único e unidade militar. A igualdade de resultados, através de por exemplo permitirem novatos receber medalhas sem as merecer. A distribuição de riqueza e apoios aos mais desfavorecidos em deterioramento da liberdade individual.

A visão oposta, a visão constrangida, baseia-se na crença que a natureza humana é essencialmente imutável e que o individuo é motivado principalmente por interesses pessoais e não altruístas, independentemente das melhores intenções. Esta é uma visão trágica da condição humana, em que prefere os processos sistemáticos das regras interiorizadas, como a regra de ouro, e a experiência da tradição. O compromisso é essencial pois não existem soluções perfeitas, apenas contrapartidas.

Aqueles com esta visão preferem evidências sólidas por experiências, e processos sistemáticos em deterioramento de intervenções e experiências pessoais. A visão constrangida exige balanços e verificações e recusa aceitar que todas as pessoas possam colocar de lado os seus interesses pessoais.

Logo em oposição, estes propõem impostos baixos e existência de fiscalização e transparência. Incentivam a criação de processos que recompensem pessoalmente a competência do individuo. Defendem pluralidade de ideias e partidos e ainda diversificação de unidades militares para satisfazer cada um à sua maneira.

Deixo desde já um convite a que se revê com a visão constrangida para se juntarem ao Partido Libertário, enviado-me uma mensagem privada ou comentando neste artigo. Ainda não foi criado Partido no jogo, mas tal não é impedimento para começarmos já a trabalhar pela liberdade.