Aos militantes do Partido Revolucionário

Day 2,010, 16:41 • Published in Portugal Portugal • by Langulho


Caros compatriotas,

Perante umas eleições ao Congresso de grande importância e tendo em conta que o nosso país e o próprio mundo estão a viver tempos convulsos, quero fazer-lhes chegar umas apreciações que gostaria que pudessem valorizar.

Vocês representam uma parte importante do ePortugal e, sobretudo, são jogadores que poderão ser muito relevantes para o seu futuro.

Manifestam vitalidade, coragem, determinação e patriotismo. Amam o nosso país e não suportam vê-lo subjugado por um império. São verdadeiros portugueses e mostram dia após dia uma vontade de resistência infatigável.

É por isto, porque não duvido das vossas nobres intenções, que quero fazer um apelo a que continuem a jogar e a participar da política nacional. E também a aprender e reflexionar para, entre todos, melhorarmos colectivamente.

São vocês abertamente contrários ao NAP e a qualquer negociação com os nossos inimigos. Uma postura legítima e abertamente defensável. Mas devem ser cientes de que, como vocês, nenhum português gosta da situação actual.

Como pode ser que um tuga esteja satisfeito quando uma potência imperial ocupa parte dos seus territórios e pretende vetar qualquer tipo de de acordo do seu país com outros livremente? Como pode ser que alguém pense que os seus objectivos estão atingidos quando é refém do inimigo?

Portugal está a lutar por conquistar a sua soberania plena. E até isto acontecer não pode fazer mais do que trabalhar com diligência até consegui-lo. Nisso concordamos todos. Mas no que não estamos de acordo são nas vias para chegar à vitória.

Há portugueses que defendem todos e cada um dos pontos do Pacto Ibérico, o qual, por certo, foi aprovado em referendo democrático. Outros assumem parte deles mas discordam noutros e lutam contra a Espanha desobedecendo o seu Governo. Há também quem odeia a situação actual mas contra a sua vontade acata os termos do NAP pensando numa estratégia de futuro para a qual a estabilidade política seria necessária. E há quem é radicalmente contrário ao mesmo. Todas as posturas são legítimas. O nosso é um país rico e diverso. E o seu futuro vai ter que ser construído necessariamente de maneira colectiva.

O eRepublik é um simulador geopolítico, no qual resulta determinante a fortaleza militar e demográfica, mas é ante tudo um jogo no qual o factor mais importante é a estratégia, a astúcia, a combinação de elementos para a consecução de um fim.

Este jogo não tem nada a ver com um combate de boxeo nem com o Counter Strike. Se Portugal se limitar a combater isolado de maneira permanente contra a Espanha o único seguro é que vamos desaparecer do mapa. E esse é o único caminho que está na cabeça dos vossos líderes.

Ora bem: quem quiser reprovar o NAP está obrigado a oferecer alternativas.

O estrategista chinês Sun Tzu deixou claro antes da nossa era que "não há nenhum país que se tenha beneficiado por guerras prolongadas". Quanto mais se esse país é muito inferior militarmente em relação ao seu inimigo.

Slogans como os do seu partido podem resultar muito atraentes e motivadores, mas se não oferecerem resultados ficarão apenas em palavras vazias. Se o que pretendemos é vencer os nossos inimigos jamais vamos poder consegui-lo lutando sozinhos contra o invasor.

Apesar de que possamos sentir-nos mais coerentes e dignos ao lutar sem trégua, só vamos fazer dano ao império se lograrmos a vitória. Se os expulsamos dos nossos territórios e conseguimos que nem sequer pensem em se aproximar a eles.

E para lograrmos isto vamos ter de ser mais audazes do que eles, mais inteligentes, melhores. Tomar decisões acertadas e ganharmos respeito na comunidade internacional para que também eles estejam obrigados a nos respeitar.

Pensem por um momento porquê vocês são praticamente todos jogadores novinhos. Todo Portugal procura a independência e a prosperidade. Não pode ser que a maior parte dos jogadores com experiência sejam corruptos e traidores à pátria. Esses jogadores, pelo simples facto de se manterem durante anos a lutar por Portugal, deram mostras de amor ao seu país, independentemente de que acertem ou se enganem nas suas decisões. Pensem nisso. E estão tão interessados como vocês na liberdade, é claro.

Como antes disse, não duvido de vocês. Mas sim tenho dúvidas a respeito dos vossos líderes.

Pensaram alguma vez que o que move aos seus dirigentes não é apenas o patriotismo? Passou pelas suas cabeças que pudessem ser personagens interessadas que procuram apenas satisfazerem os seus egos e incorporarem novas medalhas nos seus perfis? Que utilizam palavras fáceis para enganarem jovens jogadores que amam a sua pátria? Reflexionaram alguma vez a respeito da sua capacidade e formação para assumirem a liderança do segundo maior partido do ePortugal?

Não pretendo que desistam dos seus ideais. Não vou pedir-lhes o voto para este ou aquele partido. Não vou solicitar-lhes que aceitem o NAP. Apenas quero pedir-lhes que reflexionem, continuem a se formar e que sejam responsáveis, pois o futuro do país exige-o.

Um ePortugal com o AMS Matias na presidência é um ePortugal sem lugar no mapa. A actual situação é por si mesma desmotivadora para os novos jogadores que vão construir o futuro do país. Não pensaram em que o mais desalentador para alguém que começar no jogo é ver um ePortugal wipeado e sem qualquer hipótese para vencer, a perder todas as batalhas? E o que é pior, um ePortugal isolado na comunidade internacional.

Dizia o Sun Tzu que o mais importante em qualquer guerra é "a vitória e não a persistência". E a nossa é uma luta de David contra Golias, na qual só vamos poder vencer com uma estrategia acertada e inteligência táctica. A eAljubarrota apenas vai ser alcançada se formos melhores que o inimigo em todos os passos a dar. Mais do que com tanques, havemos ganhar com astúcia e habilidade. Virtudes das que os vossos líderes carecem.

Vocês são o futuro deste país. Acreditamos na vossa valia.