[BS] Os donos do EB e seus crimes

Day 3,116, 19:02 Published in Brazil Brazil by Dio Vigon




Olá, pessoal!

Este artigo fala sobre dois crimes. O primeiro deles, é a apropriação indébita dos patrimônio público brasileiro, perpetrada pelo grupo que hoje lidera o Exército Brasileiro. O segundo crime é a transferência de 600 mil BRL e de mais de 200 mil armas da conta do líder do Exército Brasileiro, o General Web Carioca. Os fatos serão narrados conforme aconteceram.



Da glória à ruína

Há dois anos atrás, no início de 2014, o Exército Brasileiro mudou sua liderança. O então General Zunker se aposentou e deixou o grupo aos cuidados de Web Carioca. Teve início o período mais sombrio do grupo militar que, até aquele momento, era o mais importante na defesa do país.

Todas as informações sempre foram disponibilizadas ao governo e aos cidadãos, todas as planilhas sempre foram públicas, todo o entra-e-sai financeiro do EB sempre foi transparente. Com a mudança, o EB passou a se reportar exclusivamente ao Presidente em exercício e todos os dados foram guardados a sete-chaves, sem que o cidadão comum pudesse saber o que acontece lá dentro.

Como com sequência, o grupo foi encolhendo gradualmente, chegando ao ponto de se tornar quase irrelevante militarmente. Para se ter uma noção da perda de força do EB, durante alguns períodos de meu último governo, entre abril e julho de 2015, cheguei a fazer, sozinho, mais dano com a BrNuke do que todo o Exército Brasileiro (isso porque não sou tank).

Para mim, que jogo desde 2010 e vi o Exército Brasileiro ter batalhões respeitados e temidos por todos os países do mundo (todos os antigos temiam os Paraquedistas e o FODACE), ver o EB na situação em que estava era triste. Estava evidente que a organização voltada para resultado já não existia e apenas se mantinha o role-play de patentes e de hierarquia ali dentro.


As primeiras suspeitas

Governei o Brasil em 2010, 2011, 2012 e 2015. Fui idealizador do Projeto Farmer do EB, fui um dos maiores defensores da instituição, quando muitos já defendiam seu fim. Por isso, a situação do EB me incomodou e eu fui investigar.

Ciente do imenso patrimônio público que o EB tem (ou deveria ter) em suas mãos, me causou espanto o comportamento de seus líderes. Em suas pouquíssimas manifestações públicas, começaram a dar indícios de que havia algo errado. Não necessariamente indícios de que havia algum crime ou uma tentativa de crime, mas de que talvez eles tivessem uma compreensão divergente sobre o que é o EB, qual sua função para o país, qual sua responsabilidade e, principalmente, qual é a sua real autonomia.

O discurso quase ensaiado de seus líderes trazia elementos suficientes para que os cidadãos suspeitassem de seus reais interesses. Insistiam em dizer que os bens não eram do país, mais sim do EB e repetiam a exaustão que haviam gasto dinheiro privado e que o governo estaria em dívida.

É bom deixar claro que uma imensa parte do patrimônio que EB utiliza foi financiado pelo governo e, portanto, é público. Com exceção da gestão de Web Carioca, todos os outros Generais trataram o patrimônio público da forma correta, dando satisfação de tudo, apresentando relatórios e pedindo autorização para dissolver, transferir, vender etc. Até mesmo o uso de dinheiro privado sempre foi devidamente autorizado, planilhado, informado.



A gestão do EB, sob a batuta de Web Carioca, deixou de ser pública e passou a ser privada e, pior ainda, passou a ser secreta. Como era possível que um grupo militar que recebeu um imenso pátio industrial de presente não conseguia se manter de forma auto-sustentável e, ao mesmo tempo, não oferecer nem sombra do potencial militar que sua produção oferece?

Por conta desses questionamentos, abri um tópico no Cantinho Brasileiro, no dia 25 de outubro de 2015, entitulado ”Exército Brasileiro - Do Público ao Privado” Resultado: nenhum membro do Alto Comando se manifestou (eles são proibidos de falar em público e apenas o líder deles pode se manifestar oficialmente) e o caso se estendeu mais alguns meses. Para os novatos e outros sem acesso ao Cantinho Brasileiro ou que não participam de forma mais direta, a impressão poderia até ser de que o Exército Brasileiro nem existia, tamanho o desdém com que trataram um tema tão importante.


A consagração do crime de Web Carioca e seus comparsas

Aos que não sabem, o Exército Brasileiro recebeu, entre 2012 e 2013, um aporte gigantesco de investimento, com o intuito de torná-lo auto-suficiente, ou seja, de conseguir manter sua produção e sua distribuição sem precisar de verba do governo. Esse investimento não foi o único. É bom deixar claro que antes mesmo dele, o EB já possuía mais de meia dúzia de empresas Q7 de armas.

Sabendo da informação desse primeiro parágrafo, certamente fica mais fácil se indignar com o que ocorreu na metade do mês de março deste ano. O tema "Empresas públicas em posse do EB" foi a público e o líder Web Carioca publicou uma nota bastante sucinta em resposta a um artigo:



A mensagem gerou também a criação de um tópico no Cantinho Brasileiro, chamado “[ESCLARECIMENTO] Empresas Públicas do EB e levantamento de seu inventário, postado pelo então Presidente Z00MIE no dia 28/03/16, solicitando que o EB desse informações. A mensagem era bastante clara: “não existe mais nenhuma empresa pública”. Com essa única mensagem ele tornou concretas as suspeitas de que estava, junto com seus colegas, se apropriando do patrimônio público.

Como é que milhões de BRL gastos em empresas com o dinheiro do povo simplesmente desapareceram? O governo brasileiro nunca deu autorização para que as suas empresas fossem dissolvidas, nunca deu autorização para que fossem transferidas, nunca deu autorização para muitas decisões tomadas pelo Alto Comando. A única hipótese que tornaria essa afirmação correta seria se todos os gestores que receberam empresas em suas contas tivessem sumido e nunca prestado contas sobre elas. Não é o caso. Até mesmo empresas que os membros do Alto Comando assinalaram como "perdidas" acabaram tendo fim distinto. Umas dissolvidas (com o dinheiro indo para eles), outras foram compradas pelos gestores (com o dinheiro indo para eles), outras simplesmente continuam lá e eles decidiram que não são mais públicas e pronto.


do lado esquerdo, Web Carioca, do ponto de vista da população. Do lado direito, o Brasil, do ponto de vista de Web Carioca

Alegaram até mesmo que tiveram que pagar a produção do próprio bolso, mas se foi investido o suficiente para serem auto-suficientes, investiram do próprio bolso para quê?

Para cada empresa Q7 de armas com 10 funcionários ativos são necessários 40.000 WRM/dia. O EB tinha as Q7 e tinha as empresas de WRM. Para pagar a work tax, bastava VENDER parte da produção de WRM e produzir menos armas ou vender parte da produção de armas. A matemática é simples. Entretanto, a decisão do EB foi de manter a produção, mesmo sem ter soldados suficientes para distribuir tantas armas produzidas. Resultado: a conta obviamente não fechou e eles começaram a usar dinheiro próprio.

O bizarro é que o EB alegava ter dificuldades para parar o custo de produção diárioa que girava em torno de 2 mil BRL (segundo afirmação deles mesmos), mas paralelamente acumulava um estoque de mais de 200 mil armas Q7 que, se vendidas, seriam suficientes para pagar mais de 3 anos de custo de produção! Estavam supostamente se endividando e ao mesmo tempo dilapilando o patrimônio público, para acumular centenas de milhares de armas sem ter gente suficiente para usar? Qualquer administrador amador sabe que se você gasta 10, se endividar para produzir 20 é desnecessário. A

A afirmação mentirosa de Web Carioca desencadeou uma investigação GIGANTESCA e, pior, causou indignação de pessoas de dentro e de fora do Exército Brasileiro, como veremos a seguir.





A Grande Investigação

Como eu disse, o posicionamento do Alto Comando fez com que muita gente se indignasse e, mais do que isso, fez com que muita gente que tinha informações e acessos tomasse atitudes para comprovar a farsa de seus líderes.

Por estar na dianteira dessas investigações e por ser um jogador antigo, recebi uma série de links (artigos, planilhas, posts do fórum) de vários indivíduos interessados em solucionar o caso expor a tentativa de estelionato que estava em curso. Grande parte dessas evidências foi compilada e reunida para montar a acusação (que pode ser lida AQUI para quem tem acesso). Porém, na segunda semana de abril, recebi um pacote de informações crucial para o desvendamento do caso. Todos esses dados e mais outros obtidos com gestores antigos foram agrupados e farão parte do rol de provas que serão usados na CPI do Exército Brasileiro, que o Congresso já está começando a conduzir.

O crime de Web Carioca e de seus comparsas do Alto Comando (nenhum deles ainda se manifestou contrário à decisão de reter o patrimônio público, por isso continuam sendo citados em conjunto) já foi consumado. Só lhes resta negar o inegável, tendo em vista a quantidade de provas que contrariam todas as versões e mentiras que ele e seus amigos já tentaram contar a respeito. O trabalho agora é da CPI.

Porém, no meio desse crime, ocorreu outro episódio, tão polêmico quanto, embora a verdade ainda não tenha sido revelada e é dela que vamos falar abaixo.





Quem tem a chave da casa é dono

O usuário Web Carioca teve 600K BRL e 200K armas Q7 transferidas de sua conta no início do mês de abril. Os 600K BRL foram enviados diretamente para o Tesouro Nacional e as armas, como nem o Tesouro podia recebê-las e nem a ORG, foram enviadas para dois jogadores que se prontificaram a vendê-las e transferir o dinheiro das vendas também ao Tesouro Nacional (o Brasil não está com 9 milhões de BRL a toa).

Alguns de vocês devem ter lido o artigo que ele escreveu semana passada, entitulado: ”Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade” William Shakespeare. Nesse artigo ele conta sobre as transferências feitas de sua conta, exatamente como descrevi acima, mas com uma diferença crucial: segundo ele, a transferência foi feita por alguém que invadiu sua conta, ou seja, por um hacker. E ele conclui o artigo dando lição de moral e tentando, logo ele, discursar sobre honestidade.

Só que havia um detalhe fundamental nessa história toda: as transferências provavelmente foram feitas por outra pessoa, porém, essa pessoa não hackeou a conta de Web Carioca.

Por motivos que não vem ao caso, Web Carioca sempre deixou seu email e senha disponíveis para que outros membros da gestão do Exército Brasileiro pudessem gerir os bens do grupo, já que o estoque de armas ficava integralmente com ele. Inclusive, depois da suposta invasão, hoje eles fazem isso com a conta do piresfelix (malandro nunca aprende).

Um dos membros do EB que recebeu as informações de acesso do Web Carioca, indignado com o posicionamento do Alto Comando e de seu líder em negar a existência de patrimônio público e tentar se apropriar de milhões de BRL em empresas, decidiu agir e, com as informações de acesso, fez as transferências em questão como tentativa de restituir o país, tendo em vista que, se a população precisasse contar com a honestidade de Web Carioca e de seus comparsas, o país jamais teria de volta um único centavo do que investiu. Pelo contrário, os caras ainda tiveram a cara-de-pau de sugerir que eram credores.



Quem tem pressa come cru

Como vocês devem ter lido no artigo do Web Carioca, ele teve seu dinheiro restituído na semana passada (apesar de os admins não terem encontrado nenhuma evidência de que houve invasão em sua conta), mas a decisão se caracterizou exclusivamente como medida preventiva.

Entretanto, com a plena certeza de que a responsabilidade pelas transferências foi integralmente do próprio Web Carioca ao disponibilizar seus dados de acesso e colocar em risco a segurança da sua conta, a investigação dos admins continuou (com o oferecimento de ainda mais evidências).

O resultado (embora ainda não se saiba se é o resultado final) foi sacramentado no dia de hoje pelos admins, revertendo a decisão tomada anteriormente, ou seja, deixando claro que o usuário Web Carioca não foi hackeado.

Sei que muita gente nunca passou nem perto das regras que regem os jogos e as redes sociais que frequentam. Porém, nos Termos de Serviço do eRepublik, artigo 3.2, inciso III, a mensagem é bastante clara: “You may not: [...] iii) permit others to use your account". Traduzindo: "Você não deve: [...] iii) permitir que outros usem a sua conta". E lá no meio do artigo 3.3, um pouquinho pra baixo, dá para ler "We cannot and will not be liable for any loss or damage arising from your failure to comply with this section", ou seja, "Nós não nos responsabilizamos e não iremos nos responsabilizar por qualquer perda ou dano decorrente da incapacidade em respeitar o que determina esta seção".

Preciso ser mais didático?









Conclusão:

Desde o início das investigações, ao invés de responder de forma transparente e direta, os líderes do EB preferiram se vitimizar e atacar, como se as pessoas interessadas em saber o que tem sido feito com o patrimônio público na verdade quisessem se apoderar desse patrimônio.

Meses se passaram e até agora os únicos que se manifestaram foram Web Carioca e Bruno Gallotti. O primeiro, ao dizer que não existem mais estatais, sem a menor preocupação de demonstrar que matemática bizarra obliterou milhões de BRL em empresas públicas. Só voltou a se manifestar semana passada, depois que resgatou temporariamente aquilo que ele mais gosta (dinheiro. O segundo,Bruno Gallotti, continua passando por sérios problemas de múltipla-personalidade. Uma hora diz que não tem estatal, em outra diz que não sabe, em outra diz que tem, mas não sabe com quem, enquanto isso, vão surgindo prints e conversas suas negociando devolução de estatais dos gestores. Aí um dia ele resolve que o Web Carioca é culpado sozinho e diz que quer ajudar. No dia seguinte defende o Web Carioca com extremo afinco e se ofende, como se estivesse ele fazendo um favor à população em provar o que diz e não apenas cumprindo seu dever como membro do AC. Vamos esperar para saber qual dos brunos que se manifestam é o certo.

Da parte deles nós jamais teremos uma confissão. Na hora de citar Shakespeare e dar lição de moral, saíram da toca, mas na hora de comprovar o que dizem, viram monges budistas em voto de silêncio (e com profunda perda de memória). O importante é que ninguém perca a capacidade de se indignar quando coisas como essa acontecem.

Quanto eo Exército Brasileiro, é uma pena que ele esteja hoje aparelhado por um grupo muito mais preocupado em proteger seus próprios interesses privados do que em servir ao país. Eu até poderia ser clichê e dizer que Web Carioca e sua trupe envergonham o país e mancham a história do EB com seus atos, mas a verdade é que jogadores que agem dessa forma não merecem receber sequer esse tipo de importância.

Que os mais novos do EB se libertem dessa alienação promovida pelo Alto Comando atual e, quem sabe, resgatem o respeito da instituição mais importante que este país um dia teve.




um abraço,
Dio Vigon,
a ovelha negra do eBrasil.

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