Eleições presidenciais, retrospectiva do último ano (Final)

Day 1,547, 17:21 Published in Brazil Cuba by Greywacke




Nesta última parte da retrospectiva vamos observar o que ocorreu nos meses de novembro e dezembro de 2011 e em janeiro e fevereiro deste ano.

Também vamos tentar descobrir alguns padrões de comportamento do eleitorado e dos candidatos e propor a todos a participação em um estudo mais detalhado de nossa vida política.


Leia também:
Eleições presidenciais – Primeira parte

Eleições presidenciais – Segunda parte


Correção da edição anterior:
Um leitor, o EddieJoe fez uma observação importante. Quando um partido deixa de existir, o registro nas páginas do jogo é modificado. Desse modo, a eleição do Vigon em junho se deu por um “Partido Independente”, fundado pelo candidato para marcar sua posição de independência do ODIN, nessa eleição.

Algo semelhante ocorreu em outubro com Jan da Silva. Lançou-se por um partido pequeno para marcar que aquele seria um governo de união nacional, e não deste ou daquele partido. Isso explica a presença de ODIN, ANP e PDB em uma mesma chapa.








No gráfico, o número de eleitores mês a mês para o período.





Fiquei intrigado com dois fatores: o primeiro foi a continuidade de uma ampla aliança nacional, tendo a ANP como cabeça de chapa e com apoio de 9 outros partidos, entre os quais PM e PIL.

O segundo fator é a ausência de dois dos grandes nessa eleição: PDB e ODIN.
Não encontrei pistas claras para o ocorrido buscando nos jornais do período, portanto recorri ao Mazarino, a quem agradeço pela rápida e clara resposta, para saber dos fatos.

Segundo ele, depois da eleição-cassação do RizonPT, a imagem e o ânimo do pessoal da ODIN ficaram desgastada. Também marcou um desentendimento entre ODIN e PDB, que, ainda segundo o Mazarino, se arrastou até janeiro do ano seguinte, Desse modo que não viram clima para participar de uma eleição e resolveram se poupar e reorganizar-se.
Entretanto, fica claro que o ODIN soube manobrar muito bem com a criação da “Junta Militar”, que marcou os meses de outubro, novembro e dezembro com a eleição de candidatos em acordo entre os principais grupos políticos. ODIN teve de sair de cena, mas articulou para não deixar ninguém subir no palco sozinho (não quero ser inimigo de vocês!!).

Desse modo, a eleição do primeiro e segundo colocados de outubro, de Jan da Silva e BIG GIL (já apresentada no artigo anterior), a de Thiago Flores Sun, secundado por Aritex no segundo lugar, em novembro, e de Dinossauro – Monica D’Arc em Dezembro, devem ser entendidas dentro desse contexto de consenso – imposição. O que explica tanto a facilidade das vitórias (respectivamente 48%, 46% e 53% dos votos), quanto (em parte) a queda pelo interesse nas votações.


Abaixo as candidaturas dos dois meses (novembro e dezembro).


NOVEMBRO


DEZEMBRO









Chegamos então a este ano.

Os três grandes partidos (ok, ok, já sei que, no momento que escrevo a ANP não está mais no TOP 5, mas isso não reduz sua influência, por muito tempo o ODIN ficou fora do TOP 5 e elegeu muitos presidentes), lançam candidatos próprios: Diego Franco (ANP+PM e outros 3 partidos), MAt1307 (PD😎 e Nukon (ODIN).

A candidatura Nukon, pelo ODIN foi essencialmente burocrática, sem envolvimento efetivo dos partidários (e nem mesmo do candidato). Na prática parece que sabiam que, sem a aliança com o PDB, não poderiam vencer, e deixaram a coisa correr.
Assim a disputa ficou entre Diego Franco e MAt, sendo vencida com certa facilidade (quase 24% de vantagem) pelo primeiro.


Observação: Mesmo com uma candidatura Tover importante (a do romeno EmperorMarcus) do então Extravaganzza, e com a pesada propaganda de medo feita a respeito dela, essa eleição não conseguiu mobilizar a população, ficando com apenas 1274 votantes (a menor do período).








Chegamos na eleição da atual presidente Gislaine, na qual assistimos a recomposição de duas coligações: ODIN-PDB-ARES e ANP-PM-Persona. Foi uma disputa longa, reconhecidamente acirrada, com os dois candidatos e apoiadores dedicando-se para valer.

Gislaine (ODIN) conseguiu 553 votos (43😵, e Volkofff (do PM), 545 (42,6😵.





A primeira conclusão de quem tenta reconstruir a história das eleições recentes do e-Brasil sem preconceitos e com um certo afastamento dos fatos é que as os votos são dados a PESSOAS e não a ideologias relacionáveis ao mundo real. (Não estou dizendo nem que isso é bom nem que é ruim, por favor! Estou apenas assinalando que essa é a PERCEPÇÃO da maioria dos cidadãos ativos).

Infelizmente para mim (mas felizmente para dar credibilidade à minha conclusão), o Mazarino furou essa minha conclusão em seu comentário ao artigo do Mahid/Vanhagen: “Ótimo artigo.
Alias, esse enfoque é base ideológica do odin. Tem que jogar pelas regras do jogo e não ficar idealizando um modelo da RL.”
(aliás, leiam o artigo do Mahid!).

A escolha do nome dessas pessoas passa por dois critérios:
Conhecimento pessoal (seja só no jogo, seja da vida real), e ai está embutida a demonstração de uma ética (ou falta dessa) por parte dessas pessoas.
Competência (ou uma SUPOSTA competência).

Discordando um pouco dos termos do Mazarino, uma vez que declarar que as ideologias não tem lugar, é uma afirmação ideológica, o jogo, o desenvolvimento da comunidade eBrasileira construiu uma ideologia própria do eRepublik, a de que o conhecimento técnico é a base de um bom “governo”, ou, no caso seria melhor usar a palavra “Governança”. Ou seja, a sociedade ebrasileira acredita no TECNOCRACISMO (para marcarmos que também é um “ISMO”).


A composição dos vários governos e chapas marca de maneira inegável que “há nomes que precisam estar em certos cargos”, porque seriam os mais competentes para esses cargos, independente de qual partido ganhe a eleição.


SEGUNDA CONCLUSÃO:

Embora digamos, não existam diferenças ideológicas reais (aplicáveis ao jogo) entre os jogadores, não podemos negar que há uma polarização no jogo. Há discordâncias a respeito de quem é mais competente (e, em alguns casos mais ético), assim como porque dos motivos dessas competência.

Desse modo:
PDB-ODIN(±ARES) constituem uma coligação ideológica que coloca as regras do jogo como o elemento principal que define o fator do sucesso de um e-País.

ALN+PM (±PERSONA) encontram valores ideológicos da Vida Real (capitalismo e nacionalismo, por exemplo) refletidos diretamente nas regras do jogo, e, portanto, é a correta adoção desses valores o motivo que faz com que uma comunidade tenha maior progresso que outras que se perdem em ideologias “falsas”, seja na vida real, seja no jogo.


Muito embora os dois grupos façam essencialmente governos iguais, tomem as mesmas decisões técnicas e (muitas vezes) indiquem os mesmos nomes para os mesmos cargos, eles acreditam que são diferentes (quem somos nós para dizer que estão errados?)



CONCLUSÃO FINAL:

Estamos lidando mais com psicologia do que com economia, sociologia ou política (ideológica). As pessoas se agrupam porque uma pessoa falou mal dela ou de um amigo (e temos grandes especialistas nisso por aqui), ou porque A defendeu B que foi atacado por C... ou seja, os principais grupamentos políticos no eBrasil são, em última análise, grupamentos de amigos ou de pessoas com inimigos comuns.


Ainda pretendo falar sobre as e-ideologias, mas ainda não decidi como vou juntar os dados e quais usar. Aguardem, espero que não demore muito.





Fiquei curioso para saber onde foram parar os protagonistas de nossas eleições:

Fevereiro 2012:
Gislaine: começou e continua no ODIN
Volkofff: permanece no PM

Janeiro 2012:
Diego Franco : ANP e ANP
MAt1307: Ficou no PDB

Dezembro 2011:
Dinossauro: Esteve e está no ODIN
Monica D’Arc: Saiu do ULA-ULA e está no PDB (mas o ULA-ULA é uma legenda de convniência, logo, não mudou).

Novbembro 2011:
Thiago Flores Sum: Mantém-se na ANP
Aritrex: lançou-se pelo Estravaganzza (hoje Evil Tovers), e agora está no ODIN (nas surgiu na ANP).

Outubro 2011:
Jan da Silva: PDB, sem mudança
BIG GIL: Lançado pelo Partido dos Cangaceiros (outro partido de conveniência), mas está era do PM.

Setembro 2011:
RizonPT: Era do ODIN, está banido.
Rodrigo Frumento: Concorreu e continua no PDB.

Agosto 2011:
Raiken Niek: Era e continua no ODIN.
Marc Andrez: Era ANP, mudou-se para o ODIN

Julho 2011:
hopez0r: ODIN, sem mudança.
SabinoBR: era do MIB (extinto) e está no ODIN.

Junho 2011:
Vigonçalves: Saiu pelo “Partido Independente”, fechado e está no ODIN, mas já era da casa, muito embora tenha começado pela ANP-PRO.
Booh: ODIN e está sem partido.

Maio 2011:
mmbeuren ( o original): era da ANP, não existe mais (o novo mmbeuren esta na ANP, mas não conta).
Jazar: ODIN, e está na Sérvia (meio aposentado da política Brasileira).

Abril 2011:
Ryan Cullen: Era e é ODIN.
Aritex: lançado pelo PM, está no ODIN.

Março 2011:
RafaellaBR: Era e é ANP.
Gulitiwi: ODIN e continua ODIN.

Fevereiro 2011:
Ayato: Saiu pelo PDB e continua no partido.
Fernando Sucre: Lançou-se pelo ODIN e está no PERSONA

Nihoof: Concorreu pelo PDB e está sem partido.
Fernando Sucre: Nessa eleição tinha saído pelo Partido Rio Grandense (ou outro que deixou de exitir).


Resumindo:
ODIN: Elegeu sete presidentes e quatro segundo-colocados. “Perdeu” quatro candidatos, ganhou a adesão de três.

PDB: Elegeu três presidentes e três segundo-colocados. Perdeu um membro.

ANP: Quatro primeiro lugares, um segundo. Perdeu dois desses membros.

PM: Dois presidentes, um segundo colocado. Perdeu um.


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