Sobre o referendo do Governo à permanência na EDEN

Day 1,864, 01:48 Published in Portugal Portugal by Khaloun

Praticamente em fim de mandato, e já com os futuros candidatos a espreitar pelos corredores, decide o governo referendar, se forma sui generis, por pm, a permanência de Portugal na EDEN.
http://www.erepublik.com/en/article/-referendo-continuidade-de-portugal-na-eden-2182865/1/20

Muito se tem falado da utilidade da EDEN e muito se têm pesado as vantagens e desvantagens da permanência de Portugal mesma.
A saída ou permanência na eden é um assunto extremamente importante que irá afectar o jogo não só de todos os portugueses, como talvez também de toda a comunidade de paises.

Este não deve de ser um assunto tabu.
A politica é um bicho vivo que evolui e constantemente se adapta.
É por isso legitímo que um governo queira saber a opinião do país sobre este e outros assuntos, podendo usar várias ferramentas para o fazer.

Este governo escolheu um referendo para o fazer e é sobre isso que vou falar, e não sobre a minha escolha.
E nesse campo não consigo ver legitimidade neste referendo pelos motivos que aponto em seguida:

1- Comecemos pelo que é um referendo.
Recomenda-se a leitura de http://pt.wikipedia.org/wiki/Referendo
Em particular onde diz "o referendo é convocado após a edição da norma, devendo o povo ratificá-la ou não"
Estamos portanto a referenda coisa nenhuma, porque a decisão não foi tomada.

2- O mecanismo de votação.
Um assunto que vai definir todo o nosso jogo é votado por pm?
Não querendo desconfiar de ninguém, no entanto à mulher de césar não basta ser séria, tem de o parecer.
Quem controla a votação? Como respondem a quem quiser controlar também a votação? Precaveram os bugs do sistema? etc

3- Exige a definição prévia de uma estratégia para o que se segue?
Ou vamos só ver o que isto dá?
Quais são exactamente os passos que vão ser dados a seguir?
No texto do governo, isto está muito vago, excepto a poupança económica em MPPs.
Um argumento um pouco falacioso, porque saiem os custos de MPPs e entram os custos com compra de dano.
Apenas nos apresentam as consequências da saída não o que vai ser feito em seguida.
No governo anterior, com EDEN, o CP ia vender duas regiões.
No governo seguinte, sem EDEN, o que vai o CP vender? Duas regiões, a avó e um par de botas?
Sei que se queixam do desiquilibrio de forças nas alianças e da falta de apoio da EDEN a portugal.
Mas confesso que não consigo ver como sózinhos contra todos se poderá fazer isso. E se seu não o consigo ver é porque alguém está a falhar em explicar-me isso.

4- Existem contactos diplomáticos prévios, dentro e fora da EDEN?
Vamos sair sózinhos? Vamos entrar para uma aliança já existente? Vamos formar uma nova aliança?

5- Este não é trabalho para apenas 1 CP.
Isto é um trabalho de médio-longo prazo que vai atravessar muitos mandatos.
Tem de haver coerência nacional nesse sentido.
Sem isso, esta estratégia, tal como outras, estará destinada a falhar.

6- Um referendo neste sentido não foi programa deste governo.
Não está mandatado para o fazer.

7- Um referendo neste sentido deverá ser feito no inicio da governação. Este governo ao fazé-lo no fim do mandato faz uma espécie de "faço mas não faço" ao deixar todo o fardo para o CP seguinte.
Outros irão ter de resolver os problemas criados.

Sugere-se portanto o seguinte ao governo:
1- Que leia http://pt.wikipedia.org/wiki/Referendo ,e outros, sobre o que é um referendo.
2- Anule este referendo
3- Esclareça préviamente a população sobre o que pretende
4- Esclareça préviamente a população sobre a estratégia que se segue.
5- Que crie um mecanismo de consulta popular mais transparente.

Como disse, não é um assunto tabu.
Mas é sério demais oara ser levado de forma tão leviana

Edit: Adicionado link para o artigo do governo