O Novato e os Convites Políticos

Day 2,134, 15:24 • Published in Portugal Croatia • by Bitunda

Sendo um novato no jogo, pode parecer algo estranho já estar a fazer um artigo de opinião.

Neste contexto, se esperar mais tempo para o fazer, as ideias que quero transmitir serão esbatidas e esquecidas com o passar do tempo.

Este pequeno texto é destinado não só aos novatos, que como eu estão ainda um pouco perdidos na complexidade do eRepublik, mas também aos jogadores mais experientes. Estes jogadores, eventualmente já se esqueceram do que foi passar pelas fases embrionárias da sua “conta”. Mais ainda, porque com a dinâmica do jogo, a minha experiência poderá ser totalmente diferente da dos que me seguirão.

Tenho visto muito debate sobre o que se deve fazer para ajudar e fidelizar os novatos.
Não vou falar da parte de acompanhamento e mentores. Vou falar do que eu acho que está mal e que quase me afastou do jogo:

Assim que nos registamos começa o bombardeamento político.

Nem sequer conhecia o jogo, o que fazer, os objectivos, etc... e já estava com uma enorme pressão para escolher um lado. “Junta-te a nós que vais ser o maior!”, “Se tens dúvidas junta-te ao partido X, que tudo faremos por ti.”

Nesta altura parei para pensar. (O que é fortemente aconselhável a qualquer novato)

Cheguei à conclusão de que não interessava a minha ideologia política nem sequer se concordava (sem sequer conhecer) com o que os partidos defendem. Para os partidos apenas representava mais um voto que tinha que ser conquistado e trabalhado desde que entrei no eRepublik.

Sejamos francos: Se assim que acabo de me registar já tenho uma série de gente interessada em mim, é porque essa escolha é importante.
Sendo uma escolha importante, deve ser tomada de forma pensada e devidamente informada.

A primeira coisa que um novo jogador deveria receber era uma mensagem curta e clara:

“Bem vindo ao eRepublik.
Vais, a partir deste momento, ser bombardeado com pedidos de afiliação polítca.
Ignora todo esse ruído de fundo até perceberes como tudo isto funciona.”

Como é óbvio passou-me tudo pela cabeça:

Se eu não aceitar o convite de X ou Y ou Z será que me vão matar? Será que preciso disso para passar de nível?
Não se esqueçam que a maioria das pessoas que chega ao eRepublik não faz ideia no que se está a inscrever. Não sabe se é um jogo de combate hands-on, se algo tipo command & conquer ou algo completamente diferente.

Quem acaba de entrar não sabe quem é quem nem quais são as consequências de dizer sim ou não a um convite.

Quero deixar bem claro de que nada tenho contra os partidos políticos nem contra quem lhes pertence. A política é uma parte importante e empolgante do jogo. Dever-se-ia era dar tempo às pessoas para se saberem orientar antes de serem pressionadas para tomar posições.

Essa pressão torna-se contraproducente. O novato sente-se confuso, frustrado e acaba por desistir porque não viu o suficiente do jogo para ver que é realmente bom.

Aposto que muitos desistem e vão jogar bolinhas para o facebook. É mais fácil e
ninguém lhes martela a cabeça assim que entram.

Se queremos ter cada vez mais pessoas a participar activamente no eRepublik, temos que as cativar a ficar ao invés de as empurrar para escolhas mais fáceis.

Até breve e obrigado por tirarem uns minutos do vosso tempo para duas de letra.