[PnR] Crônicas de um derrotado

Day 2,660, 06:32 Published in Brazil Brazil by SEP II


Olá meu amigos,

Hoje trago algo diferente em meu jornal, trago uma crônica cotidiana, uma breve história contada por um desesperado.

Qualquer referencia com algo do jogo é mera coincidência 😉

Espero que gostem!

(deixem suas opiniões no final)
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Oi, meu nome é Jacinto, nasci há algum tempo atrás e até hoje não consegui entrar para a história de minha nação por algo positivo. Tudo o que eu faço sempre trás desgraça ao meu povo.

Já tentei de tudo, usei diversas facetas, criei ao lado de meu melhor amigo (Edinancir, meu maior confidente, inspiração e exemplo) um dos maiores exércitos paroleiros já visto em todos os tempos. Juntos, mudamos toda a história já vivida em nossa comunidade ao nosso bel prazer, fazemos lavagens cerebrais diárias em nossos recrutas e mesmo assim nunca obtivemos o sucesso esperado.

Ao contrário do esperado, a cada um passo que dou para frente, acabo recuando no mínimo 10 passos para trás.

Quando eu nasci, nasci com um pensamento totalmente diferente do pensamento que eu tenho no momento. Em meu nascimento eu jurei que não me deixaria envolver em grupos, eu tinha como ideologia priorizar sempre o meu país... Não durou muito tempo!

Assim que vi nascer meu pior inimigo (Gerivaldo, o prodígio que sempre carregou em suas costas o apoio dos mais velhos, era o queridinho da mamai –‘) eu mudei totalmente. Minha sede pelo poder era enorme, e eu sabia que com o nascimento desse novo empecilho eu deveria largar meus ideais para trás e buscar um novo estilo para viver, se eu não fizesse isso rapidamente, eu seria ultrapassado e acabaria de vez.

Foi aqui onde eu resolvi mudar e como uma fênix me reinventei (pena que para isso tive que vender minha alma ao diabo).

Quando pequeno, eu não sonhava em ser grande... Mas a partir desse momento tudo mudou.

Eu mesmo sempre discursei para mim:
“Não terei um lado definido, não deixarei ser influenciado por grupo A ou grupo B, vou apoiar quem apresentar as melhores propostas e parecer ser o mais preparado ao comando. Não desejo ser soberano ou manipulador, quero apenas o melhor para o meu país”.

Mas como todos os homens, no final eu sucumbi à sede pelo poder, aos desejos da carne e me traí. Sim meus amigos, EU ME TRAÍ.

Eu já não me reconhecia mais ao me olhar no espelho, eu me sentia mal, muito mal, mas segui em frente.

Hoje eu não sou nada daquilo que um dia eu desejei ser, e os resultados das minhas escolhas são sempre refletidos quando eu tento subir ao poder. Todas as vezes que entro no poder meu país sucumbe de alguma forma...

E o que mais me chateia é que isso só acontece comigo. Quando o Gerivaldo, ou até mesmo o Edinancir assumem o poder, nada disso acontece, muito pelo contrario, o país caminha a passos largos para a glória, até que eu suba de novo ao “olimpo” e derrube todos junto comigo.

Com o passar do tempo vi até mesmo o recém-nascido Juremar me deixar para trás... Poxa, mas como assim????

Esse menino que até ontem usava fraldas, filho de pais revoltados, que foram peças chave na maior guerra interna que esse país já viveu, nasceu agora e já é considerado melhor do que eu?

Nasceu ontem e já me deixam para trás dessa forma? Qual será o meu maior erro? Por que as coisas só dão errado comigo?

Hoje em dia nem mesmo o Edinancir tem o mesmo amor e paciência comigo, me sinto cada vez mais isolado. Nem mesmo as minhas ideias mais simples são apoiadas por ele, me sinto totalmente desamparado.

Creio ter chegado no fundo do poço, e acho que não tem mais volta para mim... E é por isso que escrevo essa breve carta de desabafo para todos.

Estou apenas esperando o melhor momento de dizer adeus, por que minha jornada está chegando ao fim!

Ass: Jacinto P. Aves
O que nasceu para ser grande, mas sucumbiu aos desejos da vida