[Bitorino] Como podes ajudar o teu país? - Parte III/III
General Destroyer
“Not what we have But what we enjoy, constitutes our abundance.”
Epicurus
Caros portugueses,
Nos meus dois últimos artigos opinei sobre a forma como, na minha opinião, cada um dos portugueses pode contribuir para ajudar a melhorar Portugal. Quer através de contributos para sucessivos babybooms, quer através da ajuda a projectos de formação de novatos. Seja através das estruturas partidárias ou militares.
Hoje pretendo centrar-me num outro ponto: a importância da existência de regiões nacionais para um crescimento do país. Quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista militar, bem como as implicações que as decisões políticas e geo-estratégicas tomadas podem ter para o futuro do país e da comunidade..
Tal como referi nos dois textos anteriores, boa ou má, esta é a minha opinião e só a mim me representa.
Entretanto peço desculpa pela demora na conclusão da trilogia de artigos, mas um curto período de férias e alguns problemas pessoais, roubaram-me o tempo necessário para escrever este artigo com o tempo e calma necessários.
««A importância dos bónus»»
Um dos argumentos que foi usado por sucessivos governos para a necessidade de firmar um pacto de não agressão com a Espanha é o de que com a celebração da paz, e respectiva recuperação de regiões, Portugal poderia voltar a apostar no crescimento da sua economia - arrecadando mais receitas - e da sua população.
Mais bónus originam mais receitas fiscais
Esta é uma teorias transversais ao eRepublik. Em muitos países, muitos jogadores devem a importância de ter bónus totais de armas e comida para aumentar as receitas fiscais do seu país.
No artigo “[Statistics] The misconception of the Resource Bonus” (in http://www.erepublik.com/en/article/-statistics-the-misconception-of-the-resource-bonus--2159596/1/20), o jotapelx desmistifica esta ideia e defende que o impacto de um bónus 100+100 nas receitas fiscias é praticamente residual.
Basta olhar para a evolução das receitas nas contas nacionais, recorrendo ao eGov, para perceber que o aumento de receitas não tem impacto significativo com a conquista de regiões. O nível de receitas fiscais mantém uma subida constante, e sustentada, que não é propriamente fruto da recuperação dos 60% de bónus na comida.
Além disso, no meu entender - embora seja uma posição mais empírica do que sustentada em factos concretos - a maior existência de bónus pode até ter efeitos contrários nas receitas fiscais. É que com níveis de produção mais elevados, os jogadores vão reduzir a sua dependência de compras no mercado, quer ao nível da comida, quer ao nível do armamento.
Por outro lado, com a existência de regiões, os cidadãos estrangeiros com licenças vão poder começar a vender no capital nacional, aumentando assim a oferta de produtos disponíveis no mercado. Com este aumento a tendência natural - já que a esmagadora maioria dos jogadores está interessado na obtenção imediata de receitas - é a da descida dos preços dos itens e, consequentemente, das receitas fiscais por item.
Para o Estado o nível de receitas só irá aumentar se o incremento da oferta for suficientemente elevado para compensar as quebras verificadas ao nível das receitas per item. Naturalmente o Estado pode sempre tentar jogar com os impostos cobrados como forma de aumentar as receitas, não obstante ser necessário ter em conta que um aumento significativo das taxas alfandegárias e dos impostos cobrados aos vendedores pode resultar num aumento das vendas no mercado negro ou mesma na fuga das vendas para outros mercados internacionais.
Mais bónus podem melhorar distribuições
Para as Unidades Militares o aumento dos bónus - sobretudo de armas - pode revestir-se de uma importância considerável para que estas possam fazer distribuições aos seus soldados. Não é por mero acaso que vários empresários das FAP têm emigrado, bem como muitos donos de empresas que estão ao serviço dos exércitos privados têm mudado a sua cidadania para países com mais bónus.
A este nível, a importância de um maior número de bónus é um factor a ter em conta pois deles dependem uma melhoria dos apoios dados aos novatos - e menos novatos - por cada exército. Contudo, há também aqui a ter em conta que nem todas as unidades fazem distribuição diárias e/ou semanal de mantimentos
««Regiões: factor de guerra ou de paz?»»
A tendência para procurar firmar acordos com os países ocupadores nos casos de wipes prolongados - como sucedeu com Portugal - tendem a aumentar de frequência ao mesmo tempo que diminuem as exigências feitas pelos países ocupados. Um e outro evoluem nos respectivos sentidos e a uma velocidade cada vez maior quanto mais prolongado o período de ocupação.
Perante isto, e na altura de firmar acordos de paz, os governos devem partir de uma permissa, no meu entender, fundamental: a assinatura de um NAP e a recuperação de regiões originais será um factor de paz ou de guerra?
Em Portugal, como temos visto, a assinatura do NAP com Espanha foi tudo menos pacífica. Enquanto muitos aplaudiram o acordo, outros tantos contestaram fortemente o NAP firmado e os termos em que foi negociado.
Com tudo isto, o Governo alcançou a paz com o inimigo, recuperou regiões originais e conquistou bónus de comida. Mas alcançou mesmo a paz? Aparentemente não pois a contestação interna é tal que várias e variadas têm sido as formas de oposição ao governo e às medidas por si propostas.
Face a tudo isto, será de esperar uma maior união em prol do País? Naturalmente que não, uma vez que a contestação faz com que muitos não se sintam motivados a trabalhar em conjunto com o governo. Perde com isto o país, uma vez que o conflito levará a que muitos se afastem do país, mudando mesmo de nacionalidade.
Tal como já referi em artigos do passado, a comunicação deve ser a linha mestra de qualquer governo e a forma preferencial para unir a comunidade em prol de um objectivo comum. Só assim um governo terá sucesso e, com ele, consequentemente, crescerá o país e a comunidade.
Caros amigos, dou por terminada este trilogia de artigos sobre o crescimento do país e a forma como cada um de nós pode, na minha opinião, contribuir para esse crescimento. Espero que tenham gostado.
Em breve voltarei com outros artigos sobre outros temas que são do meu, e acredito do vosso, interesse.
Até breve.
Um abraço,
Bitorino
"In a country well governed, poverty is something to be ashamed of. In a country badly governed, wealth is something to be ashamed of."
Confucius
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[Bitorino] Como podes ajudar o teu país? - Parte III/III http://tinyurl.com/ajudarpais03
Ler também:
[Bitorino] Como podes ajudar o teu país? - Parte I/III http://tinyurl.com/ajudarpais01
[Bitorino] Como podes ajudar o teu país? - Parte II/III http://tinyurl.com/ajudarpais02
Comments
Votado! Conjunto de 3 bons artigos sobre o tema.
A única coisa que acrescentaria à trilogia seria que cada jogador deve ter uma postura aberta, humilde e construtiva perante o país, a comunidade e o jogo.
Todos os dias há confrontos negativos, criação de novas novelas mediáticas e afins. Para que um país seja próspero ou possa aspirar a sê-lo é preciso que o ambiente nesse país seja propicio para tal. As recentes candidaturas a CP contêm sempre o objectivo de estabelecimento da união mas isso não é da competência de um Governo.
Se os próprios jogadores, que são livres de fazer o que quiserem, não se sabem comportar em comunidade, nem sequer falar sem atitude provocatória, como é que um Governo com pouca autoridade no jogo pode fazer alguma coisa para que haja união?
Uma boa comunidade serve automaticamente para expulsar membros problemáticos ou não deixar sequer que tais personagens surjam.
bom artigo.
adorei a citaçao de confucius...
Em relação aos bónus faltou analisares os salários, que na parte da food podem não ter muita influencia, mas nas arma sim. Como pode um portugueses competir com uma fabrica que produz 10 armas contra outra onde o mesmo trabalhador produz 20?.
Em relação ao bónus de comido para o novatos e positivo pois a maior produção faz como que gastem menos recursos (cc) para adquirir food e possam lutar mais (os que não estejam a jogar baseados unicamente na força).
No que diz respeito aos salários, efectivamente faltou-me essa parte, mas creio que a conclusão é simples e similar à do bónus: com regiões - e por isso um mercado aberto - a tendência é para uma redução dos salários, logo das receitas fiscais.
No que ao restante diz respeito concordo contigo, mas o objectivo do artigo não era tanto por aí, mas sim pelo lado do impacto dos bónus nas receitas, bem como os custos políticos e sociais que a obtenção dos mesmos podem implicar.
Naturalmente que a existência de mais bónus representa um menor custo para os jogadores - aumentam provavelmente a compra de raw, mas poupam na compra de food e weapons. Contudo isso implica também menores receitas para o Estado, já que os impostos recolhidos com as raw são bem menores do que os obtidos com as armas e comida (esta parte faltou-me no artigo).
Não esquecer que raws não pagam IVA, que é o grosso das receitas fiscais.
O apelo à unidade é essencial! Bons artigos. Votado e Subscrito.
Votado, boa triologia.
Convém adicionar uma variável que tem acontecido em várias MUs: Devido aos MPPs absurdos que temos actualmente, nem sequer podemos estar em Portugal para fazer a DO. (porque para muitas MUs, continuamos a lutar pelos nossos aliados antes do NAP). Não está relacionado com receitas, mas sim com a tal divisão do país que tu falas.