O SeT e o Governo

Day 996, 12:05 • Published in Portugal Portugal • by Matematico

Atravessamos tempos difíceis no eMundo, e os novatos são os que mais prejudicados nesta onde de pessimismo que reina no eRepublik. É por isso urgente canalizar todas as forças na ajuda a estes cidadãos por forma a permitir a renovação de forças que façam que ePortugal possa sair do buraco em que se encontra.

A ajuda de todos é fundamental neste processo de integração na comunidade dos jogadores que pela primeira vez contactam com o jogo. Desde o cidadão veterano ao cidadão menos experiente, todos podem contribuir de alguma forma nesta missão.

Como é sabido, o Serviço de eTuturado (SeT), tem desenvolvido um papel importantíssimo nesta área e todos aguardam pelo seu regresso activo na concretização dos objectivo que fundamentaram a sua criação.

O actual governo tinha nos seus objectivos revitalizar e integrar o SeT na actividade governamental para garantir a criação de sinergias entre as Escolas e o SeT de modo proporcionar uma saudável integração dos novos jogadores na vida activa.

Por isso algo me estranhou este comunicado da presidência onde se pode ler que:
“- Está a ser desenvolvido um novo serviço de eTutorado. Uma vez que o SeT deixou de funcionar, entendemo-lo como extinto. No entanto, o Governo considera imperativo a existência de uma estrutura de apoio aos novos cidadãos. Apesar de todos os esforços, foi impossível recuperar a organização SeT. Assim, já está a ser desenvolvida uma nova organização que cumprirá não só o apoio ao novo cidadão, como prestará suporte aos actuais cidadãos de Portugal.”

A estranheza deste texto prende-se com o facto de, um governo que assume uma posição onde a colaboração de todos é essencial, não ter sido capaz de encontrar uma forma de obter a colaboração do SeT para a implementação das suas linhas de acção e, em vez disso, ter optado pela duplicação de um projecto dissipando esforços.

Por isso decidi investigar e entrevistei o Siga1, anterior responsável pelo tutorado do governo e a Slayra, uma das principais impulsionadoras do SeT nos últimos tempos.

Das entrevistas fica-me a impressão que o governo não tem capacidade de dialogar na medida em que foram divergências neste tema que levaram à demissão do Siga1, elemento que tem demonstrado uma notável responsabilidade no cargo assumido nas Escolas durante vários meses e que se viu obrigado a renunciar face à posição pouco aberta do Sr. Presidente Aronfly preferindo a existência de duas organizações com os mesmo fins duplicando esforços que tanta falta nos fazem para que possamos reagir à situação que atravessamos.

Fica também a impressão que o governo falta à verdade quando afirma que todos os esforços foram desenvolvidos para recuperar a organização do SeT. Se por recuperar o Sr. Presidente quer dizer tomar o controlo exclusivo desta organização que, através dos privados tem-se mostrado uma ajuda essencial aos novos jogadores então sim, o presidente não mentiu. Mas será que tem o Presidente o direito de exigir a cedência desta organização?

É claro que esta é apenas a minha impressão, mas de seguida ficam as entrevistas na íntegra para que cada um de vós possa analisar a postura do governo no que ao projecto do SeT diz respeito.

Siga1

Matemático: Antes de mais muito obrigado por me concederes esta entrevista.
Siga1: De nada o prazer é todo meu.

M: Que funções assumiste no governo de Aronfly?
S: As funções que iria assumir no governo do Aronfly seria a reactivação do SeT que se encontrava parado, pelo menos foram as informações iniciais que tive.

M: Contactaste os responsáveis pelo SeT sobre a reactivação do mesmo?
S: Sim, mas isso foi iniciado previamente pela Fermusita, que me comunicou que tinha sido feito uma espécie de TO ao SeT, de qualquer maneira não deixei de contactar o xAndr2 antigo responsável e a Slayra que no momento detinha a posse da ORG e indiquei a minha intenção de reactivar o mesmo.

M: E quais foram as reacções do xAndr2 e da Slayra face às intenções do governo sobre o SeT?
S: Inicialmente contactei a jogadora Slayra que após alguma conversa conseguimos chegar a um consenso sobre o SeT, através de uma possível parceria publico-privada, que estaria dependente do Aronfly, caso esse se mostrasse disponível, apesar do que me tinha sido informado. Falei com o xAndr2 e expus também a proposta de uma parceria publico privada que tinha sido discutida entre mim e a Slayra e ele concordou.

M: Que tipo de parceria era essa? Qual seria o papel de cada um nessa parceria?
S: A parceria publico-privada teria um administrador por parte do estado e um administrador privado. O objectivo desta parceria seria a troca de informações (com as eEscolas) com o objectivo de apoiar e ajudar os novatos na fase inicial do jogo. O administrador publico teria de manter isenção politica a que está associado ao SeT.

M: Falaste em atritos com a Slayra. Que atritos foram esses?
S:Inicialmente foi-me indicado que a mesma tinha feito um TO hostil ao SeT o que caiu muito mal no governo, uma vez que especulavam-se sobre as verdadeiras intenções do mesmo. Falou-se que tinha sido feito de má fé por parte da Slayra, após ter visto o programa do governo. De qualquer maneira foram iniciados contactos no sentido de reactivar o mesmo, pois não pode continuar parado. Contudo, foi-me indicado pelo próprio xAndr2, que este teria entregue o controlo do SeT muito antes de sair o programa de governo do Aronfly que ia contra ao que me tinha sido indicado inicialmente.
Conheço parte dos conteúdos de algumas conversas, bem como opiniões de membros do governo que falaram previamente com a Slayra, acusando a mesma de "birra" e de "terrorismo". Desconheço na totalidade as razões que levaram a tais afirmações, mas da conversa que tive com a Slayra, verificou-se após algum dialogo, que a Slayra estava disponível para um acordo através da parceria publico-privada.

M: E foi este desentendimento entre o Aronfly e a Slayra que te levou a abandonar o governo?
S: O que me levou a abandonar o governo sim foi este desentendimento, pois o Aronfly não se mostrou disponível, enquanto que a Slayra, apesar do que se dizia que tinha feito inicialmente, mostrou-se disponível para um entendimento. Como não concordava com a existência de 2 SeTs, uma vez que o Aronfly defendia um SeT governamental a todo o custo, que a meu ver não existem condições nem razões para coexistirem. Como o Aronfly fez-me um ultimato, ou apoias ou podes sair, eu optei por sair, pois estava a utilizar-se o SeT como uma arma de arremesso entre 2 lados distintos sem ter a certeza das verdadeiras razões de tal acontecer, quando a meu ver podia ter havido logo um entendimento que seria benéfico para a única parte a meu ver interessada, que seriam os novatos.

M: Consideras então que o nosso presidente nunca se mostrou disponível para uma solução de consenso?
S😃o dialogo que tive com ele não, foi a única parte que vi que não era possível acordo, não mostrando qualquer tipo de flexibilidade e estando fixo na sua decisão, apesar dos discursos bonitos que teve inicialmente.

M: Como vês esta afirmação “Parece que já não está podre, saíram as maçãs que estavam tocadas.” proferida por um importante elemento de um partido apoiante do actual governo, referindo-se aos elementos que, como tu, abandonaram o governo actual?
S😒ei que outro elemento do governo abandonou as funções, não conheço as suas razões, por isso não vou comentar sobre essa saída. Em relação a esse comentário, acho que é muito fácil vir mandar bitaites. Eu desde o primeiro dia de governo que iniciei contactos para reactivação do mesmo quer com a Fermusita (MoEducação), quer com o Aronfly e passados 2 dias com a Slayra e com o xAndr2, pois a meu ver é um não podia continuar parado. Portanto se esse senhor tem alguma coisa a dizer que venha a falar comigo, da minha parte fiz os possíveis para começar funções, mesmo antes da reunião de governo que costuma haver em todos os mandatos. Com o objectivo de garantir inicialmente os serviços fundamentais para o inicio de actividade. Decidi abandonar funções porque não concordo com a existência de dois SeTs, por ter sido impossível chegar a um acordo entre as partes envolvidas e porque reparei que havia algo que não estava a bater certo...

M: Agradeço uma vez mais a tua disponibilidade para esta entrevista e desejo-te o maior sucesso na tua carreira no eRepublik.
S: Eu é que agradeço, desejo-te também o maior sucesso. Continuarei sempre disponível para o que for preciso, desde que se enquadre dentro das minhas possibilidades e que haja um consenso.


Slayra

Matemático: Antes de mais, muito obrigado pela disponibilidade para esta entrevista. A primeira pergunta é simples. Que planos tinhas para o SeT quando assumiste a sua coordenação desta última vez?
Slayra: De momento, não chegará a ser considerada uma coordenação, mas sim uma ajuda, pois por um motivos pessoais terei de me ausentar (um dia ou dois), ficando o SeT a cargo do meu caro colega, Júlio de Matos. O plano seria a re-abertura das suas funções de ajuda à comunidade.

M: Como sabes o governo pretende assumir o SeT como um projecto governamental. Foste contactada por alguém do governo sobre este assunto?
S: Sim, fui contactada pelo actual Presidente de Portugal.

M: E quais eram as pretensões do governo?
S: As pretensões do governo, eram tornar o SeT do governo. Foi me pedido por parte do Sr. Presidente a password da organização, coisa que não lhe foi dada pois o Servico de eTutorado é uma organização privada há muitos anos.

M: O Siga1 também te contactou no sentido de mediar uma possível parceria publico-privada para a gestão do SeT?
S: O Siga1 foi o primeiro contacto com o Governo. A possível parceria publico-privada para a gestão do SeT foi algo pensado durante a nossa conversa, onde acabamos por medir os prós e contras da existência de dois SeT's

M: E tu chegaste a aceitar essa tipo de parceria na gestão do Set?
S: Essa parceria na gestão do SeT foi apenas uma ideia (que acabou por ser proposta ao Sr. Presidente). Como disse, o assunto foi discutido, ponderando os aspectos positivos/negativos. Como o Governo queria ser uma parte presente do SeT e o SeT queria continuar privado, foi pensado numa possível solução.

M: E o que aconteceu para essa solução não avançar?
S: O Sr. Presidente não aceitou a proposta pois queria um SeT do governo e para o governo (não seria denominada de SeT, mas seria uma organização que fizesse praticamente o mesmo)

M: Achas que essa posição do Sr. Presidente se possa dever à forma como tomaste posse do SeT que, segundo membros do governo, foi vista como um TO ao mesmo?
S: Como disse ao Sr. Presidente e volto a referir, eu já estava na posse do SeT antes das eleições.No dia da saída do Plano Governamental dos candidatos, o meu terá sido o único que não foi apresentado pois fui contactada pelo ex-Presidente (onde este, referiu informações importantes relativas ao Governo)

M: Perante esta recusa do presidente face à possibilidade da parceria, quais são os planos actuais para o SeT?
S: O SeT será re-aberto pelo meu caro colega Júlio de Matos (ex-administrador do SeT), contendo também, a minha ajuda.

M: Como sabes, o governo irá também avançar com o projecto idêntico ao SeT. Como vês a coexistência destes dois projectos?
S: Vejo como algo desnecessário. Se formos a analisar bem os dados, a procura destes serviços será baixa (média de entrada de jogadores por dia será de 10 jogadores); a informação estará repartida nos dois projectos; irá criar a mesma procura de tutores (que nesta época é algo complicado, pois muita parte dos jogadores se encontram de férias), entre outros factores.

M: Muito obrigado Slayra uma vez mais.