O último suspiro do empresariado brasileiro

Day 2,518, 23:58 Published in Brazil United Kingdom by SagaBatalanto

Todo país no erepublik necessita de recursos financeiros para diversas finalidades, seja para custear guerras, assinar pactos de proteção com aliados ou prestar assistencialismo aos jogadores, sejam novatos (na maioria dos casos encontra ajuda nas unidades militares) ou membros do exército. Porém, todo jogador já se questionou quando poderia começar a ser sustentável e não depender de auxílio para progredir no jogo, e passar de um auxiliado para fornecedor de dano ou um grande empresário.



Infelizmente, o caminho para a sustentabilidade encontra novos obstáculos com o aumento da taxa de trabalho aprovada pelo congresso. Não bastando o descaso com a economia, posta de lado para o aprimoramento da parte militar do jogo, a mão do Estado também se faz presente para sufocar os poucos jogadores que ainda insistem em “caminhar com as próprias pernas”.

São pouquíssimas as fábricas que ainda geram lucratividade para o empresariado in game, e mais raro ainda é o player com capacidade para adquiri-las. A estagnação e em alguns casos a diminuição da demanda por produtos acabados, aliada a superprodução gerada por desavisados que persistem em minimizar ou até mesmo corroer o capital próprio investido, e ainda ao excesso de moedas nacionais em circulação, impossibilita que um gestor com controle financeiro consiga se colocar no mercado contratando mão-de-obra a 30 brls e com produtividade reduzida em razão da falta de bônus.



Trazendo a discussão para um melhor entendimento de quem tenta apenas a subsistência in game, o proprietário de uma empresa de pães Q1, consegue produzir para consumo próprio a quantidade de 160 pães, com um custo de produção de 3,2 brls, os mesmos 160 pães, comprados no mercado a um preço de 0,03 brls cada, possibilitaria ao proprietário uma poupança de 1,6 brls/dia, como o capital necessário para investir na empresa é de 10 gols, ou 1.900 brls (cotação de 190 brls por 1 gold), com prazo de retorno do capital investido (payback) de 1.187,5 dias, ou 3,26 anos. Agora some aos seus custos a work tax cobrada pelo governo de 5% sobre a média dos salários pagos no país nos últimos 30 dias, que fica em 1,33 brls, a sua poupança cai para 0,27 brls/dia e o payback dispara à 7.037 dias ou 19,33 anos, não consideramos ainda 0,15 brls do consumo de 05 pães Q1 para gerar 10 de energia necessário para o trabalho.

Analisemos agora uma empresa de produção de food raw Q5, a melhor em custo/benefício, são produzidos hoje 400 unidades, vendidas a 0,02 brls com receita total em 8 brls, com investimento necessário de 35 golds ou 6.650 brls (cotação de 1 gold por 190 brls), o prazo para retornar o capital investido é de 831 dias 2,28 anos, mas acrescente os 1,33 brls cobrados pelo governo e veja seu lucro diminuir de 8 brls/dia para 6,67 brls/dia, aumentando o payback para 997 dias ou 2,73 anos. A maioria dos jogadores não permanece por tanto tempo, desistindo em razão do desestímulo decorrente da situação do jogo em si e da maior dificuldade em se sustentar ocasionado pelo governo.

Na mais otimista das hipóteses, você tem “doado” 16,62% do seu lucro para o governo, não considerando ainda o custo de oportunidade sobre o capital investido em armazém (storage), necessário para que tenha tempo de vender seus produtos entre milhares de ofertas existentes no mercado. O contra-argumento já fora citado neste próprio artigo, no primeiro parágrafo, que são: custear guerras, assinar pactos de proteção com aliados ou prestar assistencialismo aos jogadores, sejam novatos (na maioria dos casos encontra ajuda nas unidades militares).



Temos 13 pactos ativados no momento, cada um custando 10.000 brls (130.000 por mês, 28,88% estimava do total que poderá ser arrecadado mensalmente com as novas taxas), em que será utilizado os outros 320.000 brls? Guerras? Assistencialismo aos novatos (Que novatos??? Mais sai jogadores do que entram), ao exército? (Qual exército??? Poucos ainda resistem por lá, com poder de dano reduzido à quarta potência militar nacional).

O governo brasileiro trabalha às avessas, pune o trabalho do empresariado local e facilita o dos estrangeiros, defende o livre mercado com taxas de importação de 1% para empresas de matéria-prima e de armas e pães enquanto todas as grandes economias se fecham, mas cobra quase 17% do pouco lucro gerado internamente por seus próprios cidadãos.