[MDS] Ménage à trois: HK416 vs. Paisana

Day 2,556, 06:03 Published in Portugal Portugal by Ministerio da Educacao ePT



«Ménage à trois – HK416 vs. Paisana»

«Ménage à trois, ou simplesmente ménage, é uma expressão de origem francesa cujo significado originalmente denominava um domicílio habitado por três pessoas em vez de um casal.» (Wikipedia:2014)

Num momento a três – entrevistador e dois convidados –, com muito pêlo intelectual e carícias másculas à mistura, deitados numa cama de pregos filosóficos, praticámos o kamasutrado eRepublik, testámos as várias posições políticas, sem preliminares, nem compromissos. Três ePessoas, três eRapidinhas, três respostas.



Até que se poderia dizer imenso sobre os próximos convidados, daria para encher o vazio livro de contabilidade de um antigo novo banco, todavia, um deles já fala abundantemente do outro, e o perfil público do outro falará já por si.
Eis HK416 e Paisana.




ENTREVISTADOR:
É através da música (quer se goste ou não do estilo) que HK416 encontra a sua forma de expressar, criticamente, o que pensa acerca de alguns jogadores.
HK416, quando apareceu esse fetiche porque MarceloSantos, Paisana e companhia?


HK416:
Antes de mais, um enorme beijinho para a minha eEsposa Asheri, essa fofita gostosa que joga disto só para me agradar. S2 (Ou então é só um clone meu)
Bem, essa forma de expressar já vem de antes de começar a jogar eRepublik, surgiu há quase 4 anos, numa "Terça-Feira Gin" com um dos meus colegas de casa. Na altura eu já não produzia para fins comerciais e andava a jogar Khanwars, uma cena estilo Travian, e decidi fazer uma faixa com umas gravações de voz do meu colega. O propósito da faixa era enviar a mesma aos nossos inimigos antes de conquistar os seus castelos entre outras produções. https://soundcloud.com/hk416-2/blynd-aka-hk416-feat-sir-almeida-vou-conquistar-seu-castelo-rega-tune-mix
Quando o Sir Einstein decidiu brindar-nos com as mensagens presidenciais em formato áudio, acordou o produtor troll adormecido e... "Rise like a phoenix" (Conchita, 2014)... foram surgindo as faixas, que ficam para a história de ePortugal.
Quanto ao fetiche com o marcelosantos, Paisana&Co, já vem de há muito, sempre me diverti bastante com esse manos e manas, fazem um role-play do camandro e prefiro essa juventude polémica que um bunch of carrancudos.
Adiante, já fiz faixas com o Marcelito, Einstein, Flame, Niederhaven, tenho faixas a caminho do "YO"Annus, TeXou, Gossyp entre outros, mas falta-me uma colab com o nosso grande Paisana. Adorava levar o Paisana para estúdio, e "trabalhar" desenfreadamente para dar ao eMundo a melhor e mais bonita modinha musical de sempre. Melhor que a música dos Teletubbies, melhor que o canto da Jigglypuff, melhor que a música do bolide Family Frost!... bem ficamos por aqui que já estou a ficar molhado *.*

ENTREVISTADOR:
Paisana, o HK416 levantou um tema muito polémico, mas, simultaneamente, pertinente: «troll», «malta do PTO», «Amigo dos Sérvios», já tudo de negativo sobre ti escorreu pelos media nacionais, no entanto, sentes que, no fundo, a polémica que crias acaba por estimular a própria sociedade? Isto é, seres um foco de infeção (metaforicamente falando) num tão aparente e saudavelmente entediante jogo acaba servir de dinamizador do mesmo na sociedade ePortuguesa?


PAISANA
Olá a todos, gostaria de agradecer pelo oportunidade de responder às questões pois uma figura pública como eu necessita de aparecer frequentemente nos media para manter a popularidade.
Confesso que não acompanho o trabalho de HK416, não porque não me interesse mas porque tenho várias responsabilidades que não me permitem ter aquele tempo extra para entretenimento musical. Já tive noutros tempos quando eu marcelosantos e zealface lançamos o êxito "Dilúvio" http://www.youtube.com/watch?v=jRJHzTaL3iw
O meu percurso pelo eRepublik começou há 4 anos atrás quando vim também do jogo KhanWars, onde era muito conhecido por ser um grande comandante do clã na altura chamado "Mitrosoft", no entanto, por ser um jogo que requeria muitas horas acabei por abandonar e vir para o eRepublik.
Senti que havia espaço na nossa comunidade para alguém que agitasse as águas pois éramos uma comunidade muito pacata como uma aldeia transmontana.
E portanto acabei por me divertir bastante aqui, provavelmente mais do que muita gente e também às custas de muita gente, que na minha visão eram demasiado convencidos e sérios para continuarem a sê-lo.
Contudo não acho que nada do que tenha feito fosse mau pois sempre soube aliar os danos sociais que causava com solidariedade da minha parte. Mas como em todo o lado os derrotados são sempre considerados os maus, e frente àqueles que desafiava tive bastantes derrotas pois eles sempre souberam rodear-se de mais pessoas, e aqui ganha quem tem mais gente do seu lado.
Sinto que tanto eu como todos os ePortugueses são importantes para o jogo não se tornar entediante, ao fim ao cabo isto é um jogo social.



ENTREVISTADOR:
É interessante que ambos tenham como backgroundo mesmo jogo e que a música aliada ao entretenimento marque o percurso de ambos. Deste modo, sabendo que já passaste por outras experiências online e olhando para a gigantesca taxa de abandono deste jogo, na tua ótica, HK416, o que achas que tem levado à permanência de alguns jogadores mais recentes e qual o papel que a componente social pode ainda desempenhar neste âmbito?


HK416:
Bem, isso é tema para mangas mas vou tentar resumir a minha opinião.
Com as alterações descabidas, no caso da D1, em termos dos novos parâmetros das divisões, ficou ainda mais difícil reter os novos jogadores. A aliar-se a isto, assistimos a uma estagnação na evolução do eRepublik que incide diretamente na D1. Os torneios e desafios semanais são ridículos pois são elaborados (ou re-elaborados com um design diferente) para a D4. As divisões mais baixas vêem-se privadas de os completar sem ter prejuízos avultados ou qualquer custo/benefício relevante. Ora, se não há torneios com objetivos/exigências diferentes adequados para cada divisão, não há diversão. A empresa estagnou a sua evolução e naquele escritório de incompetentes ninguém mexe uma palha para melhorar aspectos básicos ou essenciais do jogo como: os rockets, bazokas, medalhas, fábricas etc...
Assim, a componente social assume um papel imprescindível na manutenção dos novos jogadores, pois é a única componente atractiva do jogo neste momento. Os primeiros contactos, sejam eles bons ou maus, no jogo fazem toda a diferença entre a permanência e a desistência de um novato, neste aspecto temos que congratular toda a equipa de tutores do chat ingame de recepção aos novos jogadores, bem como a atividade contínua que os canais portugueses têm tido(UMs e #pt).
Os jogadores tudo têm feito para trazer e reter novos jogadores mas a empresa, a parte interessada neste assunto, não tem ajudado. O equilíbrio "satisfação do Cliente VS Lucro" deixou de existir, e a única coisa que apega os old fags e jovens ao jogo é mesmo a sua rede de relações e partilha de culturas/experiências.

ENTREVISTADOR:
Já todos, portanto, percebemos os graves entraves e limitações do próprio jogo e como este funciona, quase sempre, em prol dos jogadores já muito evoluídos ou dispostos a gastar dinheiro real, deixando todos os outros fragilmente ligados a um jogo que, de dia para dia, vai perdendo parte da sua massa «pensante». E a ti, Paisana, o que te apega a este jogo? Qual o objetivo pessoal que ainda tens para o mesmo (se é que o tens)?


PAISANA
O que me apega a este jogo é a comunidade. Acho que é uma comunidade que pensa que é mais esperta do que aquilo que realmente é. Não é que não seja esperta ou inteligente mas o Português por natureza tem a ideia de que ele é mais inteligente e mais esperto do que os restantes. Eu optei por seguir um caminho em que espicaçalho tudo o que anda por aqui que mostra sinais desses comportamentos. Por mais que alguém faça alguma coisa de mal, nunca são eles os culpados mas sim outros e se não existir nenhum jogador em concreto para culpar então a culpa é do Plato.
Da minha parte não existe dúvidas, eu não existiria neste jogo se não existisse esta comunidade, já o contrário não seria verdade, se eu não existisse esta comunidade continuaria a existir, talvez mais monótona mas sempre fiel às suas bases.
O meu objectivo é ainda o de vir a ser CP um dia. Acredito que seria capaz de um dos melhores mandatos de sempre como CP. Sei também que seria mais fácil criar uma conta nova e fazer-me amigo de quem tem poder em ePT e ser eleito CP 5 meses depois mas esse caminho é fácil demais para mim. Continuarei a tentar e continuarei a perder e continuarei por cá!



ENTREVISTADOR:
Para terminar, HK416, se tu fosses o nome de uma música, qual seria? E, já agora, que música assenta como uma luva num jogador com o perfil do Paisana?


HK416:
Bem, como seria de prever eu escolho uma faixa do Jon Lajoie para mim: "Everyday Normal Guy" (http://youtu.be/5PsnxDQvQpw) xP
Para o mano Paisas... humm tanto por onde escolher... acho que o "Vida de Cão" dos Táxi (http://youtu.be/dCZwj2pK_0M) encaixa no percurso ingame do compadre Paisana. x)
Carícias para todos os portugueses e se virem um proprietário de bar, daqueles que sintoniza na FashionTV porque acha que sobe o nível da casa, dêem-lhe uma carga de porrada por mim. 😘

ENTREVISTADOR:
Para terminar, Paisana, se tu fosses o nome de uma música, qual seria? E, já agora, que música representa um país como ePortugal?


PAISANA
Num tom mais clássico, uma vez que desconfio que se esta pergunta foi feita ao HK3193 que ele tenha escolhido musicas um pouco barbáricas, no meu entender, eu sou como esta música: http://www.youtube.com/watch?v=Kw-_Ew5bVxs Pomp and Circumstance - (Ouvir a partir do min 1.30) Pois é uma música que inspira esperança e glória um pouco como eu.
Já para um país como ePortugal nao preciso de me alongar muito: http://www.youtube.com/watch?v=ohiqeig1jqU
Obrigado pela oportunidade e felicidades.




A Equipa do MDS,
Psychosis / Hugo Bettencourt / Paula Antunes