SEMANA HALLOWEEN

Day 1,801, 17:18 Published in Brazil Brazil by DARTH CLAUDIO


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SEMANA HALLOWEEN


Para comemorar o Halloween, Darth Claudio apresenta a SEMANA HALLOWEEN.

Aqui teremos, contos de terror e mistério, músicas do gênero, e prêmios. Ao final da semana Halloween serão sorteados 5 jogadores que comentaram no artigo e dentre esses 5 ocorrerá novo sorteio com os seguintes prêmios:

1º 01 GOLD
2º 05 ARMAS Q7
3º 10 ARMAS Q5
4º 20 ARMAS Q3
5º 30 ARMAS Q1

Como o erepublik não admite sites de sorteio, este se dará de forma manual, ou seja o nome de cada jogador que comentar irá para um caldeirão, onde será sorteado, por comentário entenda-se comentar e não apenas usar expressões monossilábicas.

O sorteio final será feito pelo meu sobrinho e Padawan, Caio X, filho de meu amigo da RL X (ele nasceu Alexandre, mas a vida fez dele 😵. Neste sorteio ele irá retirar os 5 nomes do 5º para o 1º prêmio.

O artigo será editado todos os dias, onde serão acrescidos novos contos, e músicas. e na madrugada do dia 31 de outubro para o dia 01 de novembro na noite de HALLOWEEN será publicado um segundo artigo com os 5 sorteados.

E no dia 02 de novembro dia dos mortos, será anunciado o resultado final com a edição deste artigo que será publicado dia 31/10. Recomenda-se critério na leitura dos contos, se você for impressionável evite-os, se não for, confronte-os

Bem amigos HAPPY HALLOWEEN !!!!




Casa dos Rostos

Ao entrar em sua modesta cozinha em uma abafada tarde de agosto de 1971, Maria Gomez Pereira, uma dona de casa espanhola, espantou-se com o que lhe pareceu um rosto pintado no chão de cimento.

Estaria ela sonhando, ou com alucinações? Não, a estranha imagem que manchava o chão parecia de fato o esboço de uma pintura, um retrato.

Com o correr dos dias a imagem foi ganhando detalhes e a noticia do rosto misterioso espalhou-se com rapidez pela pequena aldeia de Belmez, perto de Cordoba, no sul da Espanha. Alarmados pela imagem inexplicável e incomodados com o crescente número de curiosos, os Pereira decidiram destruir o rosto; seis dias depois que este apareceu, o filho de Maria, Miguel, quebrou o chão a marretadas. Fizeram novo cimento e a vida dos Pereira voltou ao normal.

Mas não por muito tempo. Em uma semana, um novo rosto começou a se formar, no mesmo lugar do primeiro. Esse rosto, aparentemente de um homem de meia idade, era ainda mais detalhado. Primeiro apareceram os olhos, depois o nariz, os lábios e o queixo.

Já não havia como manter os curiosos a distância. Centenas de pessoas faziam fila fora da casa todos os dias, clamando para ver a "Casa dos Rostos". Chamaram a policia para controlar as multidões. Quando a noticia se espalhou, resolveu-se preservar a imagem. Os Pereira recortaram cuidadosamente o retrato e puseram em uma moldura, protegida com vidro, pendurando-o então ao lado da lareira.

Antes de consertar o chão os pesquisadores cavaram o local e acharam inúmeros ossos humanos, a quase três metros de profundidade. Acreditou-se que os rastos retratados no chão seriam dos mortos ali enterrados. Mas muitas pessoas não aceitaram essa explicação, pois a maior das casas da rua fora construída sobre um antigo cemitério, mas só a casa dos Pereira estava sendo afetada pelos rostos misteriosos.

Duas semanas depois que o chão da cozinha foi cimentado pela segunda vez, outra imagem apareceu. Um quarto rosto - de mulher - veio duas semanas depois.

Em volta deste ultimo apareceram vários rostos menores; os observadores contaram de nove a dezoito imagens.

Ao longo dos anos os rostos mudaram de formato, alguns foram se apagando. E então, no inicio dos anos oitenta, começaram a aparecer outros.

O que - ou quem - criou os rostos fantasmagóricos no chão daquela humilde casa? Pelo menos um dos pesquisadores sugeriu que as imagens seriam obra de algum membro da família Pereira. Mas alguns quimicos que examinaram o cimento declararam-se perplexos com o fenômeno. Cientistas, professores universitários, parapsicólogos, a policia, sacerdotes e outros analisaram minuciosamente a imagem no chão da cozinha de Maria Gomes Pereira, mas nada concluiram que explicasse a origem dos retratos.





O Baile

Era um sábado à noite... O baile iria começar às 23:00 hs. Todos chiques, bem arrumados, vestidos para uma noite de gala. Mulheres lindas, homens charmosos.

Richard tinha ido ao baile sozinho. Não tinha namorada, apesar de ser muito bonito. No baile conheceu uma moça muito bonita que estava sozinha e procurava alguém com quem dançar.

Richard dançou com ela a noite toda, e conversaram por muito tempo. Acabaram se apaixonando naquela noite, mas tudo só ficou na conversa e no romantismo. No final do baile, Richard prometeu que levaria a moça embora, mas de repente ela sumiu. Ele procurou-a por todo o salão por muito tempo. Como não encontrou, desistiu e foi embora.

No caminho para sua casa, ainda muito triste, ele passou em frente ao cemitério e viu a moça entrando lá. Desconfiou do que tinha visto... suspeitou que fosse o cansaço e que estivesse sonhando.

Quando Richard chegou em casa, ele não conseguia dormir, nem parava de pensar na cena que tinha visto da moça entrando no cemitério.

Quando amanheceu o dia, Richard não se conteve e foi ao cemitério. Estava vazio e ele não encontrou ninguém. Passando por um dos túmulos, ele encontrou a foto da garota, vestida como no baile. E lá estava registrado que ela tinha morrido há dez anos.

E um detalhe: Ninguém viu a moça com que Richard dançou a noite toda, a não ser ele.





A morte bate a porta

Numa certa noite de interior, em meio a uma roda com fogueira, muito frio e histórias de horror, um certo garoto lança um desafio ao amigo. Faremos uma aposta, eu duvido que o Marcio entre no cemitério a meia noite???? Marcio então respondeu ao amigo:

- Aceito o desafio e não só entro como ainda trago algo para comprovar que estive lá. Então a meia noite ambos foram ao portão do cemitério, o amigo para ver com seus próprios olhos que Marcio entraria. Marcio entra, e o amigo assustado com a escuridão corre de volta para casa e fica lá com os amigos esperando o retorno de Marcio.

Marcio com muito medo, começa a ouvir passos e vozes, olha para traz e nada vê somente uma enorme escuridão, com muito medo, arranca logo uma cruz do cemitério e corre desesperado de volta para casa...... ao sair do cemitério ao longe escuta gritos de desespero.

Chegando em meio ao amigos, entra em casa sorridente e mostrando a todos sua coragem, com aquela cruz na mão, prova ao amigo que não tem medo de mortos. Os dois ficam rindo da aposta..... quando adentra em casa um dos amigos dizendo:

- Marcio, o João Alves está ai fora te procurando.... ele veio buscar algo dele que está com você.

Marcio olha desesperado para o amigo e diz: - Mas eu não conheço nenhum João Alves, e no mesmo instante os dois olham para a cruz e para espanto dos dois, na lápide havia o nome... "João Alves".






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Uma Semana

Segunda feira, Rafael acorda e sai para mais um dia de trabalho.

Estranhamente ele sente um peso entranho no ar, mas acha que é apenas uma impressão sem fundamento ou sentido. Logo o dia transcorre e ele volta para casa como sempre o faz e vai dormir após um dia de trabalho estafante no escritório.


Terça Feira, Rafael acorda e sai para mais um dia de trabalho.

Novamente sente uma estranha sensação, dessa vez de deja vu, mais atribui apenas ao cansaço e o estresse de seu trabalho. Na hora do almoço, ele sai do prédio onde fica seu escritório no centro do Rio de Janeiro, e vai a um restaurante próximo onde tem o habito de almoçar geralmente sozinho. No caminho ao atravessar uma rua, ele vê que ao seu encontro vem uma pessoa vestida de palhaço, mas com um olhar fixo no nada, a pessoa passa por ele e se perde na multidão.

Rafael fala consigo "tem cada tipo nessa cidade, ta todo mundo louco mesmo" E volta para sua casa ao final do dia, onde tem mais uma noite de sono pesado.


Quarta feira, Rafael acorda e sai para mais um dia de trabalho.

Rafael, tenta se lembrar de um sonho estranho que teve durante a noite, mas que se perdeu nas brumas do seu inconsciente.

A sensação de deja vu, permanece, e ele começa a achar que algo esta diferente. Andando sob o sol do verão carioca em pleno centro da cidade ele tem a certeza de que as coisas se passam em camera lenta, como se ele estivesse desconectado do resto das pessoas.

Do outro lado de uma calçada ele vê aquele mesmo palhaço lhe fitando, mas dessa vez eles não se cruzam e o palhaço se perde entre os transeuntes.

Ao entrar na fila do elevador de seu prédio comercial, uma desconhecida vestindo uma roupa inadequada para aquela temperatura, lhe enterrompe o caminho e coloca em suas mãos um pequeno bilhete, que ele joga fora assim que entra no elevador achando tratar-se de algum tipo de propaganda tão comum em nossas grandes cidades.

Como de hábito retorna para sua casa, esquenta algo no microondas para seu jantar e adormece vendo tv.


Quinta feira, Rafael acorda e sai para mais um dia de trabalho.

Sua sensação de que algo parece estar errado permanece, mas ele atribui ao cansaço e ao calor sufocante.

Rafael segue sua rotina de modo quase robotico. Mas algo lhe chama a atenção. Aquela mulher estranha que o mesmo vira no dia anterior, dessa vez se aproxima dele e pergunta. "por que você não leu o bilehte que te mandei? Eles em pouco tempo vão agir, só você pode colocar um fim nisso!".

Rafael, como não poderia deixar de ser, não entende nada, e vai atrás da mulher, que some como que por encanto. Apesar de extremamente intrigado, ele nada pode fazer e vai com suas perguntas para sua casa. Já deitado vendo o noticiário, ele se lembra que novamente havia visto aquele homem vestido de palhaço, mas dessa vez ele parecia se esconder. E Rafael, cai no sono com aquela sensação estranha


Sexta feira, Rafael acorda e sai para mais um dia de trabalho.

Como em toda sexta, Rafael tem pouco trabalho no escritório e resolve andar pelas ruas do centro, buscando ver novamente aquela estranha mulher do dia anterior. Mas nada encontra.

Rafael chega então em seu escritório e acaba cochilando em sua cadeira. E de repente se pergunta "Estranho, mas não tenho falando com ninguém, ninguém tem me ligado". Rafael em ato continuo abre suas gavetas e vê que elas estão vazias, abre suas estantes e vê que elas igualmente não guardam nada em seu interior. Rafael, pega seu celular e não existem números telefônicos anotados. Ele tenta se lembrar dos telefones de seus familiares e amigos, mas se dá conta de que também não lembra do número de ninguém. Rafael, indaga-se "estou ficando louco?"

CONTINUA...........




Segunda feira, Rafael, acorda e esta para sair, para mais um dia de trabalho.

Mas dessa vez tudo esta diferente, ele se lembra apenas de que estava na sexta feira em seu escritório quando chegou a conclusão de que não tinha contato de nehuma pessoa.

Então ele se pergunta " O que aconteceu depois disso? O que aconteceu no final de semana? Como que hoje já é segunda feira?" Temendo pela sua sanidade Rafael, toca a campainha de seus vizinhos, mas ninguém lhe abre as portas. ele sai e vai a portaria de seu prédio onde sempre havia um porteiro de plantão, mas dessa vez ninguem encontra.

Retornando a seu apartamento, ele procura algum tipo de documento, mas nada acha.

Rafael sai correndo pelas ruas e pega um taxi em direção ao centro da cidade, onde trabalha. Ele pergunta coisas ao taxista que apenas lhe fita com olhar distante pelo retrovisor interno do veículo, Ao sair do carro, ele procura dinheiro para pagar pela corrida, mas antes que ache qualquer quantia, o taxi sai em disparada.

Rafael, aborda pessoas na rua e é ignorado por todos. Ele então se desespera e acha que esta louco ou mergulhado em um pesadelo do qual não consegue sair.

Do outro lado da rua, ele vê o palhaço, e dessa vez, vai em sua direção. Mas este foge dele e entra em um conhecido e enorme edificio comercial do centro da cidade. Ao transpor as portas giratórias, Rafael, se dá conta de que o palhaço sumiu novamente, mas que por mais surreal que possa parecer, não havia ninguém dentro daquele movimentado prédio.

Rafael, começa a andar pelos seus corredores, sobe as escadas e anda pelos corredores que normalmente estariam repletos de pessoas andando por suas lojas. Ele não acha nada ou ninguém, nenhum som, apenas o ensurdecedor som do silêncio absoluto.

Novamente desesperado Rafael faz o caminho de volta e vai até a entrada principal, onde a transpôe e retorna a rua repleta de pessoas.

Assim como antes, as pessoas parecem não vê-lo e o ignoram. Ele não sabe o que fazer, senta no meio fio de uma movimentada avenida, mas permance sendo ignorado por todos. Rafael, agora tem certeza, ou enloqueceu ou esta em um pesadelo.


Terça feira,

Rafael acorda em casa sem se lembrar como chegou em casa, como saiu daquela calçada.

Ele liga a tv, mas nenhum canal esta sintonizado, ele pega seu telefone, mas não há sinal para fazer qualquer ligação.

Inconformado ele sai as ruas, mas ele estranha, porque ao sair de seu prédio na zul do cidade, ele instantaneamente esta no centro da cidade! Ao olha para trás não mais vê o p´redio onde mora.

Ele pensa em ir a seu trabalho, mas não não consegue se lembrar exatamente em que trabalha. Nas ruas as pessoas parecem não vê-lo.

Ele pensa naquela mulher e no palhaço, os únicos que parecem saber o que se passa com ele. e sai em busca deles. Anda o dia inteiro e não os acha, o sol começa a se pôr, e ele continua a caminhar pelas ruas sem destino certo.

Quarta Feira, Quinta feira,

Tudo se repete da mesma forma, ele pensa que não come mais, que não bebe mais nenhum liquido, Ele começa a se perguntar se esta morto e não sabe.

Sexta feira,

Rafael novamente acorda em casa e seu relogio digital indica que são 08:00Hs e que é setxa feira, segundo seu calendário é sexta feira 13. Mas ele diz "não é possível, sexta feira 13 foi semana passada!"

Ao sair de seu prédio e imediatamente ser transportado pelas ruas do centro, ele vê o palhaçom que do outro lado da rua o fita sem piscar.

Ele corre em meio aos carros, e chega ao outro lado. Dessa vez o palhaço não fugiu.

O Palhaço fala com voz assustadora - "Desculpe, eu tentei te ajudar mas não consegui!"

Rafael pergunta - "Que esta havendo? me ajudar como? Quem é vc? Que esta havendo comigo?"

O palhaço diz - "Tenho pouco tempo, tentei de poupar, para que seu sofrimento fosse menor, mas ela não iria deixar isso acontecer, ela piorou todo."

Rafael colérico pergunta de novo - "Ela quem? Aquela mulher? Quem é ela?"

O Plahaço diz - "Rafael, você não esta onde pensa que esta, você esta morto, aqui é um dos lugares para onde as pessoas são levadas, na verdade esse lugar é o seu lugar, esse lugar é feito sob medida para o que você procurou".

Rafael paralizado pergunta - "Eu estou no inferno? é isso?"

O Plahaço diz - "Sim esta, esta no seu inferno,e aquela mulher é alguém que esta encarregada de tornar as coisas piores, de te dar consciência de onde você esta, para que você sofra mais."

Rafael, então pergunta - "Mais o que eu fiz para estar aqui? Como saio daqui? A quanto tempo estou aqui?"

O Palhaço responde - Rafael você mentiu, traiu, matou, roubou, cometeu todos os excessos de uma vida sem rumo. Você esta aqui já a alguns anos dos seus, e ficará por mais tempo do que você é capaz de contar. E daqui não se sai."

Rafael, olha em volta, e vê que as demais pessoas da rua sumiram, olha de novo para o palhaço e vê que ele também sumiu. Ele sente tristeza, dor, solidão e começa e lembrar de tudo que fez para chegar ali.

E ao final daquele dia, ele pensa e se pergunta - "Todas dessas pessoas são como eu? Todas não sabem onde estão?

FIM....




A Subida


No Brasil, no interior do estado de Minas Gerais, existe algo que dizem ser o "relógio para o fim do mundo". A origem de tal Lenda se encontra numa fazenda no distrito de Monte Verde. Essa fazenda , que remonta ao século XIX, no período do Segundo Império, foi uma das maiores produtoras de café da região e tinha um grande número de escravos negros. Dentre as várias lendas da região, sempre envolvendo almas penadas dos escravos mortos pela crueldade de seus senhores, uma delas se destaca pelo seu modo sutil e aterrorizante.

O Senhor do Cafezal, que era um homem muito rico, possuía um belíssimo Casarão. O Casarão ficava no alto de um platô, dando um maior aspecto de imponência visto da estrada. Tinha dois andares, num total de 36 cômodos, um "pé direito" de 3 metros e uma varanda de vinte metros na frente do Casarão. Realmente era um símbolo de poder e riqueza. Mas para seu dono algo estava faltando. Na varanda havia uma grande parede lisa e branca, que para o fazendeiro, deveria ser ocupada por um afresco que desse mais beleza ao Casarão.

Mas não era uma tarefa fácil, pois havia poucos bons pintores de afrescos no Brasil Imperial e os poucos estavam com trabalhos no Rio de Janeiro, Salvador e Ouro Preto.

Certo dia, o feitor de escravos da fazenda disse ao senhor que um dos escravos era um ótimo pintor de afrescos no Haiti antes de ter sido trazido para o Brasil no começo do século. Interessado em saber que havia um artista em sua senzala, o Senhor mandou chamá-lo. A conversa não demorou mais do que dois minutos.

_Negro!! Quero que você pinte um afresco na varanda da Casa Grande...e que seja bem bonita.

O velho escravo assentiu com um baixar de cabeça.

_Pinte uma paisagem, ou uma cena agrícola... Você sabe o que é isso?

O escravo repetiu o movimento.

_Ótimo, agora saia!

Na manhã seguinte o fazendeiro viajou para o Rio de Janeiro e disse ao escravo que queria ver o afresco pronto quando chegasse de viagem. O velho tratou logo de começar seu trabalho.

O resultado foi maravilhoso. O escravo pintou com uma técnica barroco-impressionista (o termo não é meu) aquilo que apresentava uma mulher negra com uma trouxa de roupa na cabeça subindo a estrada que a levaria até um Casarão. Qualquer pessoa que olhasse com cuidado, perceberia que aquele lugar era a própria fazenda e dizem que aquela mulher era a própria esposa do escravo. Ela lavava as roupas da Casa Grande no rio e fazia aquele trajeto todos os dias.

Quando o senhor voltou alguns dias depois, uma onda de ódio tomou conta do fazendeiro.

_Como aquele negro desgraçado foi pintar uma negra fedida na varanda da minha casa???

Como retaliação de tal ato, o senhor mandou espancar até a morte o escravo pintor e sua musa inspiradora. Os dois morreram no tronco no meio do pátio da fazenda na frente de todos os outros.

O fazendeiro tomou a decisão de na manhã seguinte arrancar o desenho à marteladas. Mas na manhã seguinte o fazendeiro apareceu misteriosamente morto em sua cama, deixando todos amedrontados. Sua esposa e filhos, temendo que aquilo fosse uma maldição, mudaram-se para o Rio de Janeiro e nunca mais voltaram.

Mas o mais espetacular é que segundo as testemunhas que viveram todos os acontecimentos, o desenho na parede é uma contagem até o final do mundo. O desenho original mostrava a mulher negra no começo da subida até o Casarão. Hoje, qualquer pessoa que visitar a fazenda, verá que a mulher se encontra um pouco acima da metade da subida.

Dizem que a mulher sobe um pouco a cada dia e só com intervalos muito grandes de tempo pode-se perceber a sua lenta subida. Hoje existem marcas com datas no desenho mostrando a progressão da escrava; assim que ela atingir o Casarão - dizem - será o final do tempos. Os atuais donos da fazenda não moram no Casarão (que hoje está em ruínas) e evitam o local . Mas os colonos visitam o local sempre para rezar e pedir perdão à alma da mulher que morreu de maneira tão violenta.



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A Babá e o palhaço.

Susy chegou pontualmente às nove da noite na casa onde iria cuidar de duas crianças de três e cinco anos enquanto seus pais iriam a um jantar de negócios em uma cidade vizinha.

Depois de dar as explicações para o casal saiu da casa deixando Susy com as crianças que já haviam ido deitar-se, o que evitou que ela conhecesse as crianças ou seu quarto.

Algum tempo depois ela escutou choro de crianças no andar de cima onde ficavam os quartos e foi lá ver o que era. Chegando lá encontrou as duas meninas chorando muito.

“O que foi?” – perguntou Susy.

“Eu não gosto de palhaços.” - disse uma delas estendendo a mão para um canto do quarto.

Susy levou um susto ao ver um boneco de palhaço do tamanho de uma pessoa adulta. Segundos após recuperar do susto ela também ficou com medo, pois aquele boneco era muito assustador. Pensou por que os pais deixariam um boneco tão feio no quarto das meninas. Ela sentou e cantou canções para as duas até elas voltarem a dormir. Depois disso voltou para o primeiro andar da casa e foi assistir televisão.

Um estouro acompanhado do choro das meninas minutos depois alertou novamente a babá. Ela correu para o quarto onde as meninas encontravam-se chorando da mesma maneira de ante.

“Vocês tem que voltar a dormir. Ainda estão com medo do palhaço?

“Ele estourou um balão pra nos assustar.”

Susy olhou para o chão e viu o balão estourado, uma agulhada no estomago a deixou preocupada. Ela olhou para o palhaço uma vez mais e pensou que ele estava em outra posição da primeira vez que ela o viu. Ela também ficou com medo e disse para as meninas que iria pedir para os pais virem embora. Desceu as escadas e pegou o telefone que estava na parede, mas estava sem linha. Foi até sua bolsa, pegou o celular e digitou o numero deixado pelos pais das crianças, a mulher atendeu.

“Oi aqui é a Susy, eu estou ligando porque as meninas estão com muito medo. Eu queria saber se eu posso tirar ou cobrir aquele boneco de palhaço gigante lá no quarto delas.”
“O que? Nós não temos nenhum boneco de palhaço em casa.”

Somente ai Susy deu-se conta que não mais ouvia o choro das crianças e saiu em disparada para a escada. O suor frio descia pela sua testa, seu coração disparado e a boca seca deixam clara a sensação de pavor que ela sentia naquele momento. Cada degrau da escada parecia ter quilômetros, pois ela queria ver as crianças e saber se estava tudo bem.

A única coisa que a mãe da criança escutou foi um grito e o telefone caindo no chão. O casal voltou para casa imediatamente e quando chegaram encontraram as duas crianças e a babá mortas. Todas tinham seus rostos pintados de palhaço e um balão de hélio amarrado no braço.

Fim
Colaboração de Bruno Hatzfeld





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A Virgem do Poço

Havia no Japão Feudal do século XVII uma bela jovem de nome Okiko. Essa jovem era serva de um Grande Senhor de Terras e Exércitos, seu nome era Oyama Tessan. Okiko que era de uma família humilde, sofria assédios diários de seu Mestre, mas sempre conseguia se manter longe de seus braços.

Cansado de tantas recusas, Tessan arquitetou um plano sórdido para que Okiko se entregasse à ele. Certo dia, Tessan entregou aos cuidados de Okiko uma sacola com 9 moedas de ouro holandesas -mas dizendo que havia 10 moedas- para que as guardasse por um tempo. Passado alguns dias, Tessan pediu que a jovem devolvesse as "10" moedas.

A donzela, ao constatar que só havia 9 moedas, ficou desesperada e contou as moedas várias vezes para ver se não havia algum engano. Tessan se mostrou furioso com o "sumiço" de uma de suas moedas, mas disse que se ela o aceitasse como marido, o erro seria esquecido. Okiko pensou a respeito e decidiu que seria melhor morrer do que casar com seu Mestre. Tessan furioso com tal repúdio, agarrou a jovem e a jogou no poço de seu propriedade. Okiko morreu na hora.

Depois do ocorrido, todas as noites, o espectro de Okiko aparecia no poço com ar de tristeza, pegava a sacola de moedas e as contava... quando chegava até a nona moeda, o espectro suspirava e desaparecia. Tessan assistia aquela melancólica cena todas as noites, e torturado pelo remorso, pediu ajuda à um amigo para dar um fim àquela maldição.

Na noite seguinte, escondido entre os arbustos perto do poço, o amigo de Tessan esperou a jovem aparecer para dar fim ao sofrimento de sua alma. Quando o fantasma contou as moedas até o 9, o rapaz escondido gritou: ...10!!! O fantasma deu um suspiro de alívio e nunca mais apareceu.

Essa Lenda do século XVIII, é uma das mais famosas do folclore japonês.





O LOBISOMEM DOS PAMPAS


Rosalvo Ruas, era um pequeno agricultor, morava com sua família do sul do Brasil, nos Pampas Gaúchos. O ano era de 1953; Brasília, a atual capital do Brasil, ainda não fora construída e ninguém ainda tinha ouvido em falar em Gilberto Gil e Caetano (bons tempos aqueles).

Era uma noite muito clara, pois a Lua cheia estava em seu auge. Durvalina, a fiel esposa de Rosalvo, estava fazendo um cozido, que pelo cheiro, parecia muito apetitoso. O casal tinha um belo filho, um varão de 13 anos que gozava de muita saúde, seu nome era Roneide. Durvalina se mostrava um pouco preocupada, pois já anoitecera e o rapaz ainda não tinha chegado para jantar.

Rosalvo, que além de faminto, estava também preocupado, resolveu sair à procura do guri que nunca se atrasara antes. Deixou o chimarrão no bule para não esfriar e foi procurar o moleque.

_ Bah Tchê! Vou procurar o guri. Disse o agricultor
_ Barbaridade! por onde anda esse guri? Pai, vai atrás do meu filho e trás ele de volta! Disse a dedicada esposa.

Assim que Rosalvo pôs os pés fora de casa, um uivo assustador fez com que sua espinha arrepiasse.
"OOOOOOUUUUUUUUUUUUOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUU !!!!!!!!!!"
_ Que foi isso santo Deus do Céu? Gritou a mulher de dentro da casa enquanto fazia o "nome do pai".

_ Deve ser um lobo...mas aqui nos Pampas não tem lobo assim... Estranho, muito estranho. Rosalvo pensou em voz alta

Logo em seguida saiu de casa caminhando na direção do uivo. Ele trazia consigo uma foice. Cauteloso, o gaúcho foi procurando por algo estranho perto do galinheiro. As galinhas estavam fazendo muito barulho e pareciam assustadas; os animais do celeiro também estavam inquietos. Cheiroso, o bode, não parava de dar cabeçadas na porteira do curral.

Apesar da lua cheia, estava um pouco escuro, já que não tinha luz elétrica no Sítio. Rosalvo foi se aproximando do galinheiro, quando um vulto negro passa por trás dele. O gaúcho quase cospe o coração, tamanho foi a susto. Rosalvo se vira lentamente preparado para "sentar" a foice na tal figura quando percebe que o vulto não passa de uma criança.

_ Roneide!!! Seu guri filho de uma égua cega!!! Além de se atrasar, quase mata seu velho pai de susto!!! Gritou o pai bufando como um touro. Rosalvo leva o rapazinho pela orelha para casa e logo pôs-se a tomar seu chimarrão noite adentro.

Na manhã seguinte, o gaúcho vai até a Vila do Brejo Seco para conversar com os amigos e comprar alguns mantimentos.

_ Mas Bah Arlindo!!! Ouvi um uivo gelado como a chuva e o meu guri me deu um susto que quase botei os bofes pra fora! Contou Rosalvo ao dono do Empório Nossa Senhora de Fátima, um imigrante Paraguaio.

_ Mas como hombre de Deus? Tu tienes medo de un lobo? Deves ter borrado las bombachas!! Gargalhou o comerciante junto com os outros homens no Empório.

_Vocês podem rir a vontade, bando de Maricons! Só sei que se esse lobo voltar, vou enfiar um bala no meio dos olhos. Disse Rosalvo ao sair com as compras.

Rosalvo aproveitou para comprar cartuchos para sua 22 de 2 canos, que ele carinhosamente chamava de "Furiosa". Mais tarde, enquanto preparava a carroça para voltar ao seu sítio, um índio se aproximou de Rosalvo.

_Acho que isso não vai adiantar nada contra o dito cujo que tu vais encarar. Disse o índio com um Português melhor do que a média do lugar
_De que tu tá falando Índio Velho?

_Eu estou falando de Lobisomem!!! Disse o índio com um voz sombria
Mais uma vez o gaúcho sentiu um frio na espinha. Um pavor insólito tomou conta de sua mente ignorante.

_Cala tua boca velho imbecil! Eu não acredito nessas crendices de gente besta! Coyote velho! Ao dizer isso, subiu em sua carroça e voltou para casa.

Chegando em casa, Rosalvo não conseguia pensar em outra coisa. Ele se assustava com tudo, sombras, ruídos, luzes... até o sonoro peido do bode Cheiroso no curral, ao qual ele já havia acostumado, o assustava também.
_RRRaaça de bode duma figa!!! Eu ainda te castro com um facão!! Disse o irritado gaúcho.

Após o jantar, agoar mais calmo. Ele foi se deitar com a mulher; Roneide estava incumbido de trancar as porteiras e a casa. Rosalvo estava quase dormindo quando....

"OOOOOOUUUUUUUUUUUUOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUU !!!!!!!!"

Rosaldo dá um pulo da cama já engatilhando a "Furiosa". Durvalina, completamente apavorada, se esconde debaixo da cama e começa a rezar um rosário. O gaúcho se dirigia em direção da porta dos fundos quando percebeu que o guri não estava em seu quarto.

_ Ai ai ai! Mulher!!!! O guri não esta em casa. Deve estar lá fora!! Gritou o fazendeiro enquanto saía com a "Furiosa" preparada. A mulher a essa altura já estava no terceira conta do rosário.

Ao chegar lá fora, havia um alvoroço sem precedentes no galinheiro, parecia que todas as galinhas cacarejavam ao mesmo tempo, uma balbúrdia! Rosalvo correu em direção do galinheiro atirando. Um vulto negro pula agilmente pela janela do galinheiro e corre em direção à plantação de mate e some na escuridão. Rosalvo chega ao galinherio e vê que quase todas as galinhas estavam mortas, degoladas. Agora Rosalvo procura desesperadamente por Roneide, correndo em volta da casa, quando de repente, dá de cara com uma figura baixa e escura. Rosalvo conseguiu se recuperar do susto e se preparava para atirar com sua espingarda quando ele reconhece o pequeno vulto. Era Roneide que estava completamente sujo de barro.

_ Roneide!!! Seu filho de uma porca duroq!!! Tu tas afim de matar seu velho pai de susto mesmo. Tu não ouvites o uivo do lobiso...ah...lobo e as galinhas gritando? Gritou o gaúcho gesticulando com a "Furiosa" na mão.

_ Não pai... eu não ouvi nada. eu caí no brejo quando fui fechar a porteira. Disse o rapaz, que agora estava assustado.

_Já pra dentro!!! Filho de uma cabra asmática! Gritou Rosalvo com o filho, muito mais com medo do que raiva.

O pobre gaúcho não conseguiu dormir a noite interia.

Na manhã seguinte, Rosalvo foi para Brejo Seco procurar o tal índio que profetizara sobre o tal lobisomem. Não precisou chegar na Vila, pois o velho índio estava sentado na beira da estrada, tomando chimarrão.
_ Índio velho!! Preciso de sua ajuda!!! Suplicou Rosalvo
_ Pois é... Prossegui o velho

_ O tal lobisomem sempre ataca em noites de lua cheia, e ele é muito perigoso, matou quase todas as minhas galinhas! O quê que eu faço???
_ O patrão precisa carregar a arma com balas de prata. Um tiro basta para mandar o cão danado para onde nunca deveia ter saído, o inferno!
Disse o índio em sussuro

O gaúcho já preparava para seguir o caminho da Vila quando o índio disse:
_ Patrão! Sou um velho índio Gaudério... muito velho... já vi de tudo nesse mundo de Deus... e posso lhe dizer que o Capeta ajudou a fazê-lo. Mais uma coisa Seu Rosalvo! O senhor já deve ter encontrado com o tal bicho quando em forma de gente, pelo menos uma vez. O senhor deve ter cuidado, e desconfiar de tudo e de todos!! Na dúvida, não pense, atire! Disse o velho dando um soco na palma da mão

_ Adeus meu bom Índio!! Espero um dia poder retribuir!!! Disse ao gaúcho enquato saía à galope.

"Como farei para matar esse demônio?" Pensava o gaúcho enquanto fazia alguns cartuchos usando um velho punhal de prata que tinha sido do seu avô na Guerra do Paraguai. Conseguiu fazer 3 cartuchos de prata para a sua "Furiosa".

Logo que anoiteceu, o gaúcho montou guarda na porta de casa esperando pela tal criatura peluda. Era lua cheia novamente. Roneide tinha ido ao Sítio vizinho para brincar com os amigos e voltaria antes de anoitecer. Mas ele ainda não voltara e o gaúcho estava muito preocupado. A lua estava mais redonda do que nunca, e o silêncio anormal daquela noite deixava o fazendeiro mais nervoso ainda.

_Bah! Será que o guri encontrou com o lobisomem no meio de caminho? Será que aquele cão dos inferno pegou meu filho?

Mas para quebrar o silêncio, um barulho interrompe as lucubrações de Rosalvo. Na plantação de Mate, mais uma vez, um vulto negro apareceu. O fazendeiro perparou a espingarda, a figura negra parecia que ia em sua direção. Rosalvo não quiz se fazer de rogado, e deu um tiro no meio daquilo que ela julgava ser a cabeça da criatura. O tiro foi certeiro, o corpo caiu no meio da folhagem. Rosalvo ficou eufórico e com um lampião, se aproximou do corpo para ver como era o tal bicho. Mas Rosalvo não consegui acreditar naquilo que via. A cena era tão chocante que o gaúcho macho quase desmaiou. Ajoelhou-se ao lado do corpo inerte e só consegui dar um grito.

_ NÃO!!!!!!!! Não pode ser!!!!!!!!!!

Rosalvo tinha descoberto que havia dado cabo da vida de Roneide, seu filho, com um tiro na cabeça.

_ Meu Deus!!!!! Matei o meu filho!!!!!! Era era o lobisomem!!!!! Gritava de desespero o pobre agricultor. Os animais do Sítio estavam muito assustados, o bode Cheiroso gritava e peidava sem parar.

Rosalvo pegou o corpo do menino e correu em direção de sua casa gritando desesperadamente pela esposa.

_ Durvalina!!!!!! Durvalina!!!! Apareça mulher dos infernos!!!!!!
Rosalvo deixou o menino e a "Furiosa" no terreiro dos fundos e entrou correndo pela porta da sala gritando pela mulher.

Mas as desgraças estavam apenas começando. Rosalvo encontrou sua esposa morta sobre a cama, havia sangue por todo o quarto, o corpo de Durvalina estava completamente destruído, parecia que estava pelo avesso. O pobre fazendeiro estava desesperado.

_ Barbaridade tchê!!!! Quanta desgraça!!!!! Meu guri matou a própria mãe!!! E eu matei meu filho!!!!! Que maldição caiu sobre min!!!!!
O gaucho colocava as mãos à cabeça quando um estrondo veio da cozinha. Rosalvo correu em direção do barulho para ver o que poderia ser agora. Quando chegou até a cozinha, Rosalvo que achava que já tinha visto de tudo, quase teve mais um ataque cardíaco. Uma figura gigantesca, de uns 2 metros e meio de altura estava quebrando a cozinha toda, a vil criatura se virou para Rosalvo. O mostro tinha pêlos negros e se assemelhava com um lobo de garras e dentes super afiados, babando absurdo e com olhos vermelhos de ódio e sede de sangue. Rosalvo, tomado pelo pânico, tentou fugir, mas foi atingido com um golpe que o arremessou pela janela da cozinha até o meio do terreiro. Rosalvo foi defenestrado a uma distância de uns 4 metros. A criatura começava a sair da cozinha, indo em direção dele. Rosalvo acreditou que aquele era o fim... Mas sentiu que caíra sobre a "Furiosa". Tudo depois foi uma questão de centésimos de segundo, a criatura deu um salto na direção de Rosalvo, que com muito esforço, conseguiu mirar a espingarda e puxar o gatilho.

A criatura caíra ao lado do gaúcho, o tiro atingiu o peito do Lobisomem. Rosalvo se eregiu completamente zonzo, se afastou da criatura que tremia enquanto dava gritos horríveis. Aos poucos, a criatura parou de se mexer, e os pelos começaram a sumir, o corpo a mudar. Rosalvo assistia tudo aquilo com um olhar de espanto e nojo. Rosalvo ficou mais assustado ainda quando viu que aquele corpo caído no chão, era conhecido, era o corpo do Índio velho Gaudério.

_ Bah!!! Mas o lobisomem era o próprio Índio???? Santa Maria!!!! Maldito índio, desgraçado!!!!!! Tu arruinastes minha vida!!!! Roneide... Durvalina... Nãoooooo!!!!!!!!

O gaúcho saiu correndo em direção ao campo, gritando pelos Pampas.

Faz tempo que o Sítio de Rosalvo Ruas esta abandonado. Ninguém vai até lá. Dizem que é mal assombrado e que até hoje, pode-se ouvir os lamentos do velho Rosalvo, uivando e correndo pelos Pampas gaúchos em noite de lua cheia, como um Lobisomem!!



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