As nações não alinhadas como alternativa

Day 2,024, 14:19 Published in Portugal Portugal by Langulho


O contexto que envolve a posição portuguesa no cenário internacional faz com que o país esteja obrigado a meditar com inteligência cada um dos passos a dar com o objectivo de recompor as suas alianças e procurar um espaço definido entre as peças do tabuleiro.

Num momento em que está em discussão a hegemonia entre os mais poderosos e mesmo a integridade das suas grandes alianças, julgo que poderia resultar proveitoso que Portugal desse um passo para a frente e iniciasse um caminho novidoso e interessante para o seu desenvolvimento a meio prazo.





O BLOCO DAS NAÇÕES NÃO-ALINHADAS COMO ALTERNATIVA

A aliança de Nações Não-Alinhadas (NaN), recentemente constituída, representa uma terceira via para os países pequenos do jogo que pretende estratégias comuns para a coordenação da acção militar, a assistência mútua na defesa dos territórios ou mesmo a partilha de experiências e informação de inteligência para a política exterior.

Promovida pela Austrália e a África do Sul, obteve posteriormente a adesão do Chipre, a Malásia, o Paquistão e a Arábia Saudita. E nesta última semana incorporou às Filipinas e o Egipto (país hoje co-governado por catalães que sempre lutaram connosco quando tinham nacionalidade espanhola).

É claro que não se trata da solução mágica para que Portugal recupere as sete regiões. É também claro que os países que compõem o bloco NaN são nações em desenvolvimento, com pouca capacidade de dano por si próprias.

No entanto, as vantagens para Portugal através desta terceira via são qualitativas e por enquanto não quantitativas. Respondem a uma estratégia a meio prazo que poderá dar frutos a partir da recomposição das forças do jogo a nível mundial. Um processo no qual Portugal poderia ter voz ao fortalecer um novo polo emergente no qual poderiam integrar-se mais países de tamanho e condições similares às do nosso país.

O qual favoreceria a tradução da originalidade qualitativa desta aliança em resultados quantitativos a partir da soma dos esforços de todas aquelas nações fartas de serem escravas ou cãozinhos dóceis ao ditado das potências arrogantes. Poderia materializar-se um bloco ánti-imperialista a partir da unidade dos países medianos e pequenos e nós poderíamos coverter-nos em parte activa deste processo.

A própria articulação interna da NaN não impediria parcerias de Portugal com terceiros países nem devera ser prejudicial para a manutenção dos acordos em vigor que nos permitem garantir a continuidade das instituições nacionais.


A PRESSA É MÁ CONSELHEIRA

É claro que gostaríamos de soluções rápidas para recuperarmos o que deveria ser nosso. Mas qualquera das alternativas possíveis a partir de aproximações à CoT ou o que nos poderia oferecer a actual posição de subordinação em relação à TWO não são garantes de resultados iminentes nem, sobretudo, expectativas perduráveis no tempo.

Somos o que somos e temos o que temos. Nem mais nem menos. E no caminho para crescermos como país e manter a estabilidade no meio dos tremores internacionais a neutralidade apresenta-se como a opção mais viável ou, visto de outra perspectiva, a menos nociva para o nosso futuro.

Uma opção que requer de paciência e acerto nas nossas escolhas. Uma alternativa que se tornaria explícita com a nossa adesão à aliança NaN.


CONSTRUIRMOS UM NOVO AGENTE INTERNACIONAL PARA VITALIZARMOS O JOGO E DAR PROTAGONISMO A PORTUGAL

Se Portugal tomar a iniciativa para se integrar na aliança NaN poderia contribuir a dar força à mesma como alternativa credível. Seria um elemento relevante no seu seio que ganharia relações e avenças entre as nações que lutam pela sua supervivência, e receberia também o seu respaldo e apoio.

Na nossa mão está passar de sermos um observador secundário da política internacional para convertermo-nos num agente protagonista que poderia acompanhar o liderado de um novo foco de alianças à margem das turbulências presentes. Um actor no filme geopolítico que, de se manter no tempo e crescer, pode aspirar a cumprir um papel potencialmente relevante no novo mundo que irá definir-se a partir das próximas semanas e meses.


O FUTURO DO ePORTUGAL ESTÁ NO ePORTUGAL

As relações internacionais são determinantes num jogo das características do eRepublik. E, como tais, devem ser desenvolvidas tendo em conta o que pode resultar mais proveitoso para o nosso país. Entendo que no contexto actual Portugal requer uma estabilidade que o força a evitar o confronto directo com o seu grande rival vizinho e também precisa de se manter neutral a respeito das grandes confrontações actuais.

A adesão à NaN contibuiria abertamente à consecução destes objetivos básicos. Porque atingirmos estabilidade e manter uma posição neutral é necessário para o nosso próprio desenvolvimento como potência político-militar. A principal finalidade para qualquer estado que trabalhe para ter o seu espaço no eMundo.

O nosso é um país em crescimento, com um número significativo de jogadores com potencial para destacar tanto como actores políticos quanto como guerreiros influentes. ePortugal conseguiu articular MU's brilhantes com capacidade para planificar o desenvolvimento das suas tropas, com ferramentas de futuro que já oferecem frutos.

Que o conseguido se mantenha e, especialmente, disponha de capacidade para se reproduzir vai resultar imprescindível para o futuro deste país no jogo. E para melhorarmos as nossas posições no meio prazo o facto de optar pelo fortalecimento do bloco NaN pode ser umha eleição táctica interessante dentro da estratégia de crescimento nacional que requer o ePortugal.

E vocês, que acham?





DADOS E LIGAÇÕES

Nome oficial: Non-aligned Nations of eRepublik (NaN).

Países membros da NaN: Austrália, África do Sul, Paquistão, Malásia, Filipinas, Chipre, Arábia Saudita, Egipto.

Data de criação da aliança: 17 de março de 2013.

Estatutos da NaN: http://wiki.erepublik.com/index.php/Charter_of_the_Non-Aligned_Nations_of_eRepublik_Alliance

A NaN na wiki: http://wiki.erepublik.com/index.php/NaN (actualização pendente)