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Olá, leitores! Quanto tempo! Anos se passaram desde o meu último artigo. Afastei-me do jogo por um bom tempo por causa da RL, aquele jogo chato que não dá XP. Bom, alguns já devem saber que estou de volta e outros, que não me conhecem, aqui estou.

Eu poderia ter escrito um artigo assim que voltei a jogar, mas preferi voltar a me habituar ao jogo. Tomar ciência do que estava em curso no eBrasil e no eMundo. Afinal, "dormir" tanto tempo faz com que percamos fatos...interessantes. Infelizmente, ainda vivemos uma dicotomia torpe no cenário político. Se sonhei com o dia em que todos sentaríamos respeitosamente para discutir política e decidir os melhores rumos do país, creio que deveria voltar a dormir mais um pouco.



Mas prefiro ficar por aqui e ser útil ao país. Essa é a maior honra que qualquer cidadão pode ter, e esse deve ser o objetivo em comum para todos.

E como utilidade não digo somente comer, cagar, treinar e lutar. Participar da vida pública do jogo, se inteirar do que está acontecendo, esse é o fator primordial do eRepublik. Não deixem jamais te dizerem o contrário. O jogo perde a graça, fica monótono, se deixarmos essa parte de lado. Eu reconheço que é algo que, a primeira vista, não é muito atraente. Alguns só querem ser o novo Romper e decidir guerras ou ter 20 fábricas Q7, mas tenho uma péssima notícia para você: vai gastar uma boa grana nisso. A política possui o único setor não mecanizado: os próprios jogadores. Aqui, o protagonista é você, atrás da telinha, e as suas decisões interferem e muito na vida dos demais jogadores. Até mesmo na daqueles que não querem ter qualquer envolvimento com isso. Quer tankar pesado, mas o salário diminuiu? Quer lucrar mais, mas o bônus não permite? Bem, tudo está interligado, com o Congresso e o Presidente lá no topo.


Bom, então você tá fazendo esse artigo só por isso? Para dizer que devemos participar mais do jogo e que somos hipócritas se não o fizermos?

Na verdade, isso é apenas uma introdução teórica. O que eu queria levantar aqui é um acontecimento no mínimo interessante, e que eu tenho certeza que vai mudar a vida de muita gente, infelizmente, para pior. Como sabemos, a nossa irmã eArgentina deixou a aliança Asteria recentemente. E tudo indica que estamos indo no mesmo caminho. Louvável, não? Seguirmos os passos de nossos irmãos sulamericanos, que sempre lutaram ao nosso lado. Acontece que é mais complicado do que parece...



Antes de tudo, precisamos entender o que se passou na eArgentina para levar à cisão com a Asteria. Não estou querendo me meter, até porque é assunto interno dos nossos vizinhos, mas esse é um artigo de opinião e espero que leve o leitor a ter uma certa reflexão no final dele. Pois bem, tudo corria normalmente na eArgentina, fora algumas desavenças com a aliança Asteria. Assim, no último dia do seu mandato, o presidente que era do Partido Argentina Independente largou a bomba de votarem a saída ou não da aliança. E como a história diz, a Argentina continuou na ally.

A rejeição argentina à ideia fica evidente quando a oposição assumiu o poder logo depois, através das eleições. Decidiu-se que o caso precisaria de uma análise aprofundada, levantando os prós e contras para saber como atuar e...BANG



O governo foi deposto através do mecanismo de golpe militar, sendo substituído por uma ditadura que clamava defender os interesses nacionais e que estava apenas usando o mecanismo como proteção, da mesma forma que usamos aqui. Não seria cômico nem se não fosse trágico...

Dessa forma, a democracia argentina foi destruída, os votos nas urnas jogados no lixo e os poderosos conseguiram voltar ao poder e não tardaram a se livrar da Asteria, encerrando qualquer diálogo com os países ex-aliados.

Agora, o governo eBrasileiro seguiu os irmãos argentinos. Ou, pelo menos, a parte que abdicou da legitimidade conferida pelo povo. Estamos à beira de deixar de lado grandes aliados de quase dois anos de aliança. Isso sem contar ePortugal, um país mais do que irmão e que tem em sua história muitos momentos que se confundem com a do eBrasil. Estamos pondo em risco toda a estabilidade no cenário internacional por conta de uma briga que definitivamente não é nossa.

Talvez seja tudo um exagero de quem já viu a Espanha nos apagar do mapa, quem já viu alianças e alianças se desfazerem por motivos mesquinhos. Eu espero muito errar, que daqui a alguns meses tudo se apazigue e vou ficar feliz em ler comentários daqueles que são a favor de sairmos da Asteria dizendo "Eu avisei!". Mas por enquanto, não se deixem enganar. Estamos numa situação instável até que se prove o contrário.