[ARENA] Obstrução: por que e para que?

Day 5,765, 18:02 Published in Brazil Italy by Milk007


Brasil, dia 02 de setembro de 2023
eBrasil, dia 5,765



A Arena é e sempre foi favorável ao diálogo para resolver as contendas que assolam a comunidade brasileira e tem, nos últimos meses, se disposto a conversar, pacificar, entender, colaborar e construir conjuntamente. Negá-lo é fantasioso. Por isso, o que nos levou à decisão coletiva de obstruir, no parlamento, as leis de doação?

O Brasil foi sequestrado anos atrás por uma "autoproclamada elite". Com seu comportamento de panelinha, resolveram "autocentrar" todas as decisões do jogo entre amigos (sim, amigos, ou não). Desde então, o Congresso Nacional existe meramente como carimbador, para dizer “sim” a todos os mandos e desmandos desses jogadores. Quando contestamos, via de regra somos ofendidos, por exemplo: não “entendemos”; não “contribuímos” - ainda que ninguém mais possa contribuir, já que tudo é centrado nas mãos de uma dúzia; “estamos confusos”; e toda a sorte de bobagens.

Por exemplo: discordamos veementemente da forma como se comporta um jogador, gestor de organizações, que acredita ser o dono de absolutamente todos os recursos e estar acima de todas as regras. É o caso do "autointitulado “King Dom Miguel O Vader”", que, mesmo sem ser cidadão brasileiro, se sente a vontade para: remover jogadores da ENA que discordem de sua postura arrogante; ameaçar congressistas de não receber recursos dos programas de governo, caso não votem favoravelmente à lei da CAT; ameaçar pessoalmente jogadores da Arena de roubar medalhas, caso insistam em se queixar de sua postura.

Imagine você a seguinte situação hipotética, na vida real: o SAMU, que presta socorro de emergência, é de responsabilidade dos municípios. Você, por alguma razão, faz oposição ao prefeito da sua cidade. Eventualmente, você precisa de uma ambulância, e o prefeito diz que você não tem direito, já que não votou nele. O prefeito, aliás, pelo maior absurdo dos absurdos, nem foi eleito por ninguém: não poderia, porque não é cidadão brasileiro, nem atende às condições legais. Comparativamente, é isso.

Nas democracias, a minoria do parlamento têm um instrumento poderoso que é sempre utilizado a cada momento em que, cansados da falta de concórdia, é necessário buscar um consenso. Este instrumento se chama obstrução. Conforme o regimento interno de cada parlamento, os congressistas da oposição obstruem a pauta: ou se retirando da sessão, impossibilitando a existência de quórum; ou fazendo discursos até o esgotamento da sessão, impedindo a pauta de ser votada naquele dia; dentre inúmeras outras possibilidades.

A situação do gestor supramencionado é apenas a cereja do bolo. Entendemos perfeitamente como funciona a questão das doações à CAT, mas elas não nos representam da forma que estão. Entendemos os critérios utilizados para nomear gestores, mas, um deles não conta com a confiança política de dezesseis congressistas. E, sendo uma democracia — apesar das recorrentes ameaças de ditadura caso não obedeçamos ao que os reizinhos mandões da elite exigem que façamos — vamos utilizar os instrumentos corretos e democráticos para assegurar que a participação das decisões sejam de todos, absolutamente todos os Congressistas.



Condições para o fim da obstrução no Congresso

Os congressistas da Arena e do Comuns, participantes da obstrução às leis de doação, requerem para levantá-la, que se cumpram as seguintes condições:

1 - O orçamento deverá ser votado pelo Congresso, em seu Plenário Aberto, a cada (dois) meses. A cada fim de ciclo bimestral, que começará sempre no dia seguinte à posse do Presidente, o governo deverá apresentar um orçamento, que estipule: o quanto deverá ser arrecadado para a C.A.T. WORLD; o quanto deverá ser arrecadado para a Escola Nacional de Aviação; o quanto poderá ser gasto nos programas de governo. Os Congressistas terão 24 (vinte e quatro) horas para debater e mais 24 (vinte e quatro) horas para votar, tendo direito a fazer emendas e destaques em cada um dos pontos. Vence o conjunto da proposta que for majoritária.

Sendo o orçamento votado, os nossos congressistas não apenas aprovarão as medidas, como se disponibilizam eles mesmos a lançar propostas de doação para a C.A.T. WORLD e demais Orgs, porque, deste modo, considerarão que é uma decisão soberana do Congresso, revisada devidamente em prazo hábil, e constante com o que a comunidade pensa.


2 - O gestor King Dom Miguel O Vader deverá ser removido de todas as organizações e programas de que faça parte, porque não conta com o consenso do Congresso para a sua manutenção. Deverá também ser removido dos canais oficiais, porquanto não voltar a adquirir a cidadania brasileira. Particularmente, consideramos a sua postura imprópria, antirrepublicana e indevida, sobretudo quando ameaça parlamentares por não votar conforme ele exige - sendo que nem cidadão brasileiro é. Portanto, é persona non grata.


3 - A partir de agora, nenhum gestor poderá aplicar critérios pessoais, nem ameaçar discricionariamente jogadores por razões político-partidárias ou ideológicas, quanto à execução de suas obrigações vinculadas a seus programas. O dinheiro é público, e, portanto, deve ser empregado para todos os que atendam as condições gerais dos programas, independentemente de questões afetivas ou ideológicas. Qualquer gestor que viole estes critérios deverá sofrer sanções do Congresso.


4 - O Congresso deve ser consultado sobre todas as decisões de relevo em seu devido canal. O parlamento não é uma perda de tempo que a mecânica de jogo obriga: é uma instituição soberana e que representa todas as tendências políticas da comunidade — que é composta, inclusive, por cidadãos que não participam de grupos de WhatsApp.

Uma vez consolidado esse consenso, e respeitada a decisão de 16 dos membros do Congresso Nacional, a obstrução está finda. Muito embora a obstrução possa ser eventualmente quebrada por um dia ou dois, pois estamos organizados, despertos, e prontos para retomá-la a qualquer tempo — embora não desejemos, em absoluto, deixar de cumprir a obstrução.

O nosso objetivo é restaurar a democracia na comunidade e faremos isso utilizando o mais democrático dos instrumentos, que é o direito de resistência. A elite de manda-chuvas e a panelinha que jura mandar no eBrasil pode espernear e ameaçar de ditadura, como tem feito nos últimos dias: concretizem e mostrem sua cara, mostrem a que vieram, mostrem que só conseguem impor à força suas exigências e seu mandonismo. Caso contrário, terão que conviver com a democracia, sair de seu pedestal, sentar e negociar. Se não estiverem dispostos a colocar as garrinhas ditatoriais para fora e implementar realmente uma ditadura, acabou a fase do “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, e começou a da igualdade de todos diante da lei.

Quem causa prejuízo ao eBrasil são aqueles que acreditam ser donos do país. Terminar o sequestro e devolvê-lo ao povo é o que a comunidade realmente precisa.


ARENA SEMPRE BRASIL

Cordialmente,
Conselho Arena.